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Tempestade com ventos de 150 km/h deixa 13 mortos na Argentina

O presidente argentino, Javier Milei, viajou hoje para Bahía Blanca, cidade portuária a 800 km de Buenos Aires, onde 13 pessoas morreram ontem na queda do teto de um clube durante a tempestade

Argentina: Buenos Aires teve forte tempestade (AFP/AFP)

Argentina: Buenos Aires teve forte tempestade (AFP/AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 17 de dezembro de 2023 às 18h55.

Última atualização em 17 de dezembro de 2023 às 21h21.

Uma tempestade com chuvas e ventos de mais de 150 km/h deixou neste fim de semana 14 mortos, causou destruição e paralisou parcialmente cidades do centro da Argentina, além de ter causado duas mortes no Uruguai, anunciaram fontes oficiais.

O presidente argentino, Javier Milei, viajou hoje para Bahía Blanca, cidade portuária a 800 km de Buenos Aires, onde 13 pessoas morreram ontem na queda do teto de um clube durante a tempestade. Outras 14 pessoas ficaram gravemente feridas, segundo o município.

As vítimas foram surpreendidas durante um campeonato de patinação. "Que as pessoas não circulem, continuamos em estado de emergência", pediu hoje o prefeito de Bahia Blanca, que ficou sem luz e sofreu danos generalizados devido ao vento, que superou 150 km/hora, segundo autoridades.

Milei chegou à cidade nesta tarde, acompanhado de três ministros, e se reuniu com autoridades locais e provinciais. "Frente a eventos tão adversos, nós, argentinos, sempre conseguimos dar o melhor de nós, colocar à prova nossa resiliência e solidariedade. Tenho perfeita confiança em que vocês conseguirão resolver esta situação da melhor forma possível com os recursos existentes", declarou o presidente às autoridades que coordenam a resposta à emergência.

A escultura metálica móvel Floralis Genérica, atração turística de Palermo, perdeu uma de suas pétalas gigantes

A escultura metálica móvel Floralis Genérica, atração turística de Palermo, perdeu uma de suas pétalas gigantes (AFP/AFP)

Em Moreno, a 40 km de Buenos Aires, uma mulher morreu ao ser atingida por um galho de árvore, segundo fontes policiais.

Os ventos foram causados "por uma grande massa de ar quente e úmido prévia ativada pela passagem de uma frente fria", mas sem relação específica com o fenômeno El Niño, explicou o meteorologista Leo Deenetis.

Mortes no Uruguai

No Uruguai, duas pessoas morreram na madrugada de hoje no departamento de Colonia, afetado pela queda de árvores e telhados, causada por ventos de mais de 167 km/hora, segundo o Instituto Uruguaio de Meteorologia (Inumet).

Bombeiros reportaram mais de 150 emergências atendidas em Montevidéu e no restante do país, com danos a residências, veículos e à rede de saneamento, segundo a imprensa local.

O Inumet alertou hoje para tempestades no sudoeste daquele país. Já o Serviço Meteorológico Nacional (SMN) argentino previu um avanço das tempestades para o norte do país.

Destruição em Buenos Aires

A cidade de Buenos Aires registrou nesta madrugada ventos de quase 100 km/h, tempestade e cortes de energia, informou o prefeito, Jorge Macri.

A capital amanheceu com 360 árvores caídas, que destruíram veículos, cortaram cabos, derrubaram postes de iluminação e interromperam a circulação por ruas e avenidas.

No bairro de Palermo, seis pessoas ficaram feridas durante a madrugada na festa Bresh, que acontecia no clube Geba, onde o palco principal cedeu, informou o serviço público de emergências. Outras 14 pessoas foram atendidas depois que tendas voaram durante um evento realizado no Hipódromo.

"Nunca vi nada assim, isto é um cemitério de árvores caídas e carros destruídos", descreveu o morador Sergio Zárate, 37. A escultura metálica móvel Floralis Genérica, atração turística de Palermo, perdeu uma de suas pétalas gigantes.

Mais de 100 voos foram cancelados no aeroporto Jorge Newbery (Aeroparque), informou a concessionária Aeropuertos 2000. Um avião foi arrastado por vários metros pelo vento, registraram vídeos publicados em redes sociais.

Os subúrbios a norte, oeste e sul da capital também foram castigados pela chuva acumulada de 40 mm em poucas horas, um terço da média histórica de dezembro, informou o SMN.

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