Era uma vez um rio: seca no Kenya ameaça a sobrevivência de tribos locais. (.)
Vanessa Barbosa
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.
São Paulo - A Terra está ficando cada vez mais quente. Só no primeiro semestre deste ano, 17 países bateram recordes de temperaturas, desde que as medições oficiais começaram a ser feitas em meados do século 19. Para as próximas décadas as previsões não são nada animadoras. Estudos recentes apontam um aumento de 3,5 graus até 2100.
As pesquisas foram realizadas pelo cientista Sivan Kartha, do Instituto de Meio Ambiente de Estocolmo, e pelo Climate Action Tracker com base nos acordos firmados pela comunidade internacional na fracassada COP15, em dezembro passado. Segundo os estudos, as promessas de baixar as emissões de dióxido de carbono (CO2) até 2020 serão insuficientes para manter o nível de aquecimento em limites seguros, de no máximo 2ºC.
Há um mês, a Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (Noaa, na sigla em inglês) também divulgou seu relatório anual sobre o Clima, que listava 10 indicadores relacionados ao aquecimento global e um dado alarmante: sete desses indicadores, que analisam, por exemplo, a temperatura e o nível do mar, estavam em ascensão. Segundo declaração do órgão na ocasião, "a evidência científica de que o mundo está aquecendo é inequívoca".
Tal aumento pode gerar efeitos desastrosos sobre a produção agrícola e refletir na disponibilidade de água, na biodiversidade dos ecossistemas e no aumento do nível do mar em todo o mundo. O superaquecimento pode ainda aumentar a incidência de catástrofes naturais, criando milhares de refugiados climáticos - assuntos que deverão ser discutidos durante a 16ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre o Clima (COP16) em novembro, no México.
Veja a galeria dos desastres naturais mais destrutivos de 2010
Leia mais notícias sobre aquecimento global
Siga as notícias de Meio Ambiente e Energia no Twitter