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Televisão britânica Sky lança um canal de notícias "sem Brexit"

Decisão se baseou em um estudo que sugere que um terço da população britânica evita totalmente as notícias sobre o tema

Brexit: britânicos decidiram em 2016 por referendo, com 52% dos votos, deixar a União Europeia (Hannah McKay/Reuters)

Brexit: britânicos decidiram em 2016 por referendo, com 52% dos votos, deixar a União Europeia (Hannah McKay/Reuters)

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AFP

Publicado em 16 de outubro de 2019 às 12h16.

O grupo de televisão britânico Sky lança nesta quarta-feira um novo "canal efêmero" dedicado à cobertura noticiosa de tudo o que não interessa ao Brexit, na tentativa de atrair um público totalmente cansado de ouvir sobre o assunto.

O canal Sky News Brexit-Free foi criado depois de uma pesquisa mostrar que os britânicos evitam as notícias devido ao processo interminável e caótico de deixar a União Europeia.

Seus programas serão transmitidos durante cinco horas por dia, de segunda a sexta-feira.

No entanto, o principal canal de notícias da Sky continuará cobrindo o Brexit, em um momento em que Londres e Bruxelas negociamum acordo de divórcio antes da data prevista para a partida em 31 de outubro.

"O Sky News Brexit-Free é uma abordagem ousada, mas, depois de ouvir a opinião pública durante as últimas semanas e meses, é algo que sabemos que nossos telespectadores acharão valioso", disse John Ryley, diretor do Sky News.

"O novo canal simplesmente oferece às pessoas a opção de descansar do Brexit, aplicar um filtro às manchetes e ouvir questões que nada têm a ver com Westminster e Bruxelas", acrescentou.

Os britânicos decidiram em 2016 por referendo, com 52% dos votos, deixar a UE no final de uma campanha às vezes acusada de ofuscar a verdade e semear a divisão social.

Mas a repetida rejeição do Parlamento ao acordo de divórcio assinado em novembro pela então primeira-ministra Theresa May forçou o adiamento da partida - planejado em março de 2019 - e mergulhou o país na incerteza e em uma profunda crise política.

A Sky News - anteriormente detida pelo magnata da mídia Rupert Murdoch, mas atualmente administrada pelo canal a cabo norte-americano Comcast - afirmou basear sua decisão em um estudo que sugere que um terço da população britânica evita totalmente as notícias sobre o tema.

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