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Telefonia celular para de funcionar no Egito

Razão do bloqueio não foi confirmada, e coincide com o dia em que estão previstos grandes protestos políticos na capital

Protestos contra o governo no Egito: país vive bloqueio eletrônico contra manifestações (Peter Macdiarmid/Getty Images)

Protestos contra o governo no Egito: país vive bloqueio eletrônico contra manifestações (Peter Macdiarmid/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2011 às 10h37.

Cairo - A telefonia celular parou de funcionar nesta sexta-feira no Cairo e em outros pontos do Egito, pouco depois do bloqueio do sinal de acesso à internet.

Os telefones que funcionam com os dois principais provedores de telefonia celular do Egito, Mobinil e Vodafone, deixaram de operar no meio da manhã desta sexta-feira, para o qual são esperados grandes protestos políticos na capital e em outras áreas do país. Ainda não foi confirmada a razão do bloqueio.

Desde as primeiras horas desta sexta-feira não é possível enviar mensagens pelo celular, mas é possível fazer chamadas. No entanto, no meio da manhã o serviço foi suspenso totalmente.

Pelo menos na cidade de Alexandria, a segunda em importância do país e às margens do Mediterrâneo, estão tendo os mesmos problemas na telefonia celular, como informaram à Agência Efe moradores dessa cidade.

O acesso à internet está bloqueado no Egito desde as primeiras horas desta sexta-feira, depois das interrupções nos dias anteriores dos acessos as redes sociais como Facebook e o Twitter.

A telefonia celular e a internet são os principais sistemas de comunicação utilizados entre os ativistas da oposição e os participantes das manifestações que estão produzindo no Egito desde a terça-feira.

Para esta sexta-feira, no final das orações do meio-dia, os egípcios estão convocados para que saiam maciçamente na rua para continuarem os protestos contra o regime do presidente Hosni Mubarak, no poder desde 1981.

Até sexta-feira, sete pessoas morreram nas manifestações, entre manifestantes e policiais, tanto no Cairo quanto na cidade de Suez, na entrada sul do canal de mesmo nome.

Além disso, dezenas de pessoas ficaram feridas nos confrontos e centenas foram detidas. Em ao menos 40 casos, os detidos são acusados de tentativa de derrubar o regime.

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