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Teerã acusa ocidentais de organizarem terroristas no Irã

Nos últimos meses, Moslehi e o Ministério de Inteligência informaram várias vezes sobre detenções de supostos espiões

Ahmadinejad visita central nuclear: o ministro também acusou países vizinhos e afirmou que as redes terroristas foram desmanteladas após seis meses de trabalho  (AFP)

Ahmadinejad visita central nuclear: o ministro também acusou países vizinhos e afirmou que as redes terroristas foram desmanteladas após seis meses de trabalho (AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de julho de 2012 às 17h19.

Teerã - O ministro de Inteligência iraniana, Heidar Moslehi, acusou nesta sexta-feira os serviços secretos da Alemanha, França, Reino Unido, Estados Unidos e Israel de cumplicidade na organização de duas supostas redes terroristas que foram, segundo o dirigente, recentemente desmanteladas no país.

Em declarações divulgadas pela televisão oficial do Irã em inglês, a "PressTV", Moslehi incluiu desta vez os serviços secretos de Paris e Berlim entre os supostos responsáveis por atividades terroristas no Irã. Anteriormente, Teerã só havia acusado Londres, Washington, e principalmente, Tel Aviv.

Nos últimos meses, Moslehi e o Ministério de Inteligência informaram várias vezes sobre detenções de supostos espiões, que estariam envolvidos nos assassinatos de quatro cientistas do programa nuclear iraniano, que segundo o governo do país já foram presos.

O ministro também acusou países vizinhos e afirmou que as redes terroristas foram desmanteladas após seis meses de trabalho "dentro e fora" do Irã.

Em discurso feito na Universidade de Teerã, principal tribuna política do país, Moslehi, clérigo xiita muito próximo ao líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, assegurou também que o regime não permitirá manifestações "sediciosas", como os protestos realizados após as eleições presidenciais de 2009.

"O Ministério de Inteligência segue todas as correntes e as controla para que essa gente não signifique nenhum desafio", disse Moslehi em referência aos reformistas do próprio regime islâmico, que denunciaram uma suposta fraude nas eleições presidenciais de 2009 e que foram duramente reprimidos. 

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