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Técnico de aeronáutica tem prisão ordenada por tragédia da Chape

O boliviano prestou depoimento aos investigadores que acompanham o caso no país e foi notificado da ordem de prisão depois de ser ouvido

Chapecoense: Teodovich prestou depoimento aos investigadores que acompanham o caso na Bolívia (Paulo Whitaker/Reuters)

Chapecoense: Teodovich prestou depoimento aos investigadores que acompanham o caso na Bolívia (Paulo Whitaker/Reuters)

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EFE

Publicado em 20 de janeiro de 2017 às 14h59.

Última atualização em 20 de janeiro de 2017 às 15h41.

La Paz - A Procuradoria-Geral da Bolívia ordenou a prisão do técnico aeronáutico Joons Miguel Teodovich Ponce dentro das investigações pelo acidente do avião da companhia aérea Lamia que caiu na Colômbia em novembro, matando 71 pessoas, grande parte delas jogadores e integrantes da comissão técnica da Chapecoense.

Teodovich prestou depoimento aos investigadores que acompanham o caso na Bolívia e foi notificado da ordem de prisão depois de ser ouvido, explicou o promotor da região de Santa Cruz, Freddy Larrea Melgar, de acordo com a Procuradoria-Geral.

O funcionário era supervisor da Administração de Aeroportos e Serviços de Navegação Aérea (AASANA). Segundo os promotores, ele "não observou as informações necessárias referentes a um plano de voo internacional do transporte de passageiros", disse a nota.

O Ministério Público acusará Teodovich pelo crime de "lesões gravíssimas, homicídio culposo, desastre em veículos de transporte aéreo", explicou Larrea.

Em AASANA também trabalhava a técnica Celia Castedo, responsável por revisar o plano de voo do avião da Lamia, mas ela deixou a Bolívia e pediu asilo no Brasil. Ela já foi ouvida no país pelas autoridades colombianas que investigam o caso.

Os promotores acusaram Castelo pelo crime de descumprimento de deveres. As autoridades da Bolívia responsabilizam a funcionária por parte do acidente. Ela fez observações ao plano de voo do avião que levaria a Chapecoense à Colômbia, mas a aeronave acabou decolando.

O avião da Lamia caiu no dia 28 de novembro perto da cidade colombiana de Medellín após ficar sem combustível. Apenas seis das 77 pessoas a bordo sobreviveram à queda.

Dentro das investigações realizadas na Bolívia, o diretor-geral da Lamia, Gustavo Vargas Gamboa, foi preso acusado de diversos crimes, entre eles o de homicídio culposo.

Também foi preso o filho de Gamboa, Gustavo Vargas Villegas, que, como diretor de registro da Aeronáutica Civil da Bolívia (DGAC), autorizou a importação e a matrícula do avião da Lamia.

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