Mundo

TCU aprova revisão de custos para Belo Monte

Tarifa máxima subiu de 68 reais para 83 reais a megawatt/hora (Mwh)

Hidrelétrica de Belo Monte será construída no Rio Xingu, no Pará (.)

Hidrelétrica de Belo Monte será construída no Rio Xingu, no Pará (.)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

Brasília - O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou hoje (17) a revisão dos custos da Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA). O tribunal aprovou novo preço máximo de R$ 83 por megawatt/hora (Mwh) a ser produzido pela usina, aumento de 22% em relação ao teto previsto anteriormente, de R$ 68.

O custo da obra, orçada inicialmente em R$ 16 bilhões, também foi reajustado para R$ 19 bilhões. Os novos valores foram levados ao TCU pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que recalculou as estimativas de custo após a apresentação das condicionantes impostas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Os novos valores foram aprovados por unanimidade pelo plenário do TCU. No entanto, o ministro José Jorge ponderou que, com a decisão, o tribunal está “dando um cheque em branco” para a EPE, que recalculou os custos.

“É um cálculo muito na base da estimativa, feito na base do chute. Não há informação detalhada, para que o TCU possa assinar embaixo e dizer que esse é o preço certo. Estamos dando um cheque em branco para a EPE, que também não diz como chegou a esses números.”

A expectativa do governo é que a concorrência entre as construtoras interessadas em construir Belo Monte derrube o preço teto da energia. Vence a disputa o consórcio que apresentar o menor valor. Nos leilões das hidrelétricas do Rio Madeira (RO), por exemplo, o deságio chegou a 35%.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) tem sessão extraordinária marcada para amanhã (18) para votar o edital do leilão da usina. Se aprovado, o certame poderá acontecer após 30 dias, atrasando a expectativa do governo, que havia anunciado a licitação para o dia 12 de abril.

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, adiantou hoje que a Eletrobrás terá participação mínima de 40%, mas o governo ainda vai decidir a forma de entrada no empreendimento. Há duas possibilidades: as subsidiárias da estatal poderão compor os consórcios na disputa ou a holding entrará como sócia do vencedor, após o leilão.

Maior empreendimento energético do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Belo Monte terá potência instalada de 11 mil megawatts, a segunda maior do Brasil, atrás apenas da Hidrelétrica de Itaipu, no Rio Paraná, que tem 14 mil megawatts.

Acompanhe tudo sobre:Belo MonteEnergia elétricaHidrelétricasUsinas

Mais de Mundo

Brasil é vice-lider em competitividade digital na América Latina, mas está entre os 11 piores

John Thune é eleito líder dos Republicanos no Senado, apesar de pressão de aliados de Trump

Biden e Xi realizarão sua terceira reunião bilateral na reunião da APEC em Lima

Após três anos de ausência, Li Ziqi retorna e ganha 900 mil seguidores em um dia