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Taur Matan Ruak assume como novo presidente de Timor Leste

O general de 55 anos assinou o documento que o proclama quinto presidente da República em Taci Tolu, nas imediações da capital, Díli

Votação no Timor Leste (Dimas Ardian/Getty Images)

Votação no Timor Leste (Dimas Ardian/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2012 às 14h44.

Taci Tolu - O ex-guerrilheiro Taur Matan Ruak, ex-chefe das Forças Armadas, assumiu na noite de sábado para domingo suas funções como novo presidente de Timor Leste, no momento em que a jovem democracia festeja os primeiros 10 anos de sua independência.

O general de 55 anos assinou o documento que o proclama quinto presidente da República, em uma simbólica cerimônia ao ar livre em Taci Tolu, nas imediações da capital, Díli, no mesmo local onde foi declarada a independência timorense no da 20 de maio de 2002.

O novo presidente jurou "respeitar a Constituição" em meio aos primeiros acordes do hino nacional e aos aplausos de centenas de pessoas reunidas para a cerimônia, incluindo líderes internacionais.

Entre os convidados se destacavam líderes dos antigos ocupantes: Aníbal Cavaco Silva, presidente de Portugal, país que deixou Timor em 1975, e Susilo Bambang Yudhoyono, presidente da Indonésia, país que invadiu o pequeno território asiático depois da saída portuguesa.

Matan Ruak sucede José Ramos Horta, ganhador do Prêmio Nobel da Paz, que foi derrotado no primeiro turno das eleições presidenciais.

No segundo turno, Matan Ruak conseguiu 61% dos votos, superando o ex-presidente do Parlamento Francisco "Lu Olo" Guterres.

Esta cerimônia de posse ocorre poucas horas antes do início das celebrações pelos 10 anos da independência deste minúsculo país que ocupa a metade de uma ilha, dividida com a Indonésia.

O Timor já havia declarado a sua independência no dia 28 de novembro de 1975, fechando quatro séculos de colonialismo português. No entanto, poucos dias depois, o país foi invadido pela Indonésia, dando início a um conflito que provocou a morte de cerca de 183.000 pessoas, um quarto da população timorense.

Em 1999, já sob a supervisão da ONU, o país realizou um referendo de autodeterminação. O mandato da ONU terminou no dia 20 de maio de 2002, quando a independência pode finalmente ser declarada.

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