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Tarifas alfandegárias podem fazer disparar preços nos EUA, alerta assessora de Biden

Lael Brainard demonstrou preocupação com as falas do presidente eleito, Donald Trump, sobre taxar países vizinhos

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Publicado em 20 de dezembro de 2024 às 07h01.

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Um aumento das tarifas alfandegárias, como as propostas pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, poderia causar um aumento "maciço" do custo de produção de bens no país, opinou, nesta quinta-feira, 19, a principal assessora econômica do atual presidente Joe Biden.

Durante a campanha às eleições presidenciais americanas e após o pleito, Trump anunciou que poderia impor tarifas alfandegárias generalizadas de pelo menos 10% para todos os bens importados para os Estados Unidos, e inclusive superiores para produtos provenientes de China, Canadá e México.

Em um discurso na Brookings Institution, em Washington, a diretora do Conselho Nacional Econômico da Casa Branca, Lael Brainard, disse que esta iniciativa terá efeitos "imprevisíveis" nas cadeias de abastecimento.

"Os fabricantes americanos se apoiam em importações para algumas partes de sua produção diária", afirmou.

"Portanto, seria possível ver uma mudança robusta e real em sua estrutura de custos, que levaria a um aumento maciço dos seus preços" de venda, acrescentou.

"Isso, obviamente, terá um efeito para os consumidores", acrescentou Brainard, ex-vice-presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano). Ela deu como exemplo um aumento nos custos do café e do chocolate.

"Agora mesmo, nosso país perde com todos", disse Trump durante coletiva de imprensa esta semana. "As tarifas alfandegárias vão enriquecer nosso país", acrescentou.

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