Redação Exame
Publicado em 21 de julho de 2025 às 14h31.
O tarifaço de 50% de Donald Trump, que na teoria entra em vigor na semana que vem, tem tentáculos em vários setores da economia. Alguns, atingem a população no cotidiano.
Segundo informações da Folha de S.Paulo, bolsonaristas disseram que a escalada de tensões comerciais está "apenas no começo". Entre novas punições cogitadas estão o aumento do tarifaço para 100% e o bloqueio do uso de satélites e GPS.
O GPS é utilizado em carros, celulares, aeronaves, embarcações e sistemas de monitoramento. Foi foi criado pelo Departamento de Defesa dos EUA no final do século 20 para fins militares.
O primeiro satélite operacional do GPS foi lançado em 1978. Já nos anos 90 a tecnologia foi ampliada para uso civil - que vão de rotas de celulares ao controle de embarcações.
De acordo com especialistas ouvidos pela BBC News, é improvável cortar o sinal do GPS apenas para um país sem afetar regiões vizinhas. Ou seja, um eventual corte para o Brasil afetaria vizinhos latino-americanos.
Existem maneiras de interferir localmente no funcionamento do GPS. Algumas técnicas já foram usadas em zonas de conflito.
A principal é o jamming, um bloqueio de sinal feito com dispositivos que emitem ondas de rádio para neutralizar o sinal original dos satélites.
Em maio de 2024, a Rússia interrompeu o funcionamento de sistemas de navegação por satélite que afetaram milhares de voos civis, segundo especialistas ouvidos pela BBC News.
Outra técnica é o spoofing, que "engana" o receptor, substituindo sinais legítimos por falsos, indicando uma localização incorreta.
Numa hipotética queda do GPS, existem sistemas alternativos hoje, como o russo GLONASS, o chinês BeiDou e o Galileo, da União Europeia. Há também sistemas regionais, como indiano NavIC e o QZSS, no Japão.