O atentado ocorreu no final da noite de ontem, na cidade de Peshawar, capital da província de Khyber Pakhtunkhwa, no noroeste do país (Fayaz Aziz/Reuters)
EFE
Publicado em 11 de julho de 2018 às 10h40.
Islamabad - O principal grupo talibã do Paquistão, o Tehrik-i-Taliban Pakistan (TTP), reivindicou nesta quarta-feira o atentado suicida em um comício político onde morreram 20 pessoas e 66 ficaram feridas, um ataque que foi justificado pelas políticas seculares da formação.
O porta-voz do TTP, Mohammed Khurasani, afirmou em comunicado que sua organização enviou um suicida para matar Haroon Bilour, um dos líderes da legenda laica Partido Nacionalista Awami (ANP), e que morreu no ataque.
O atentado ocorreu no final da noite de ontem, na cidade de Peshawar, capital da província de Khyber Pakhtunkhwa, no noroeste do país.
"O ANP é anti-islâmico. Quando este partido secular esteve no poder, matou muitos muçulmanos e fez prendeu outros", disse Khurasani.
O porta-voz pediu para a população que fique longe dos membros do ANP, seus escritórios e seus comícios afirmando: "nós anunciamos uma guerra contra eles".
Trata-se do primeiro atentado com mortos na campanha eleitoral para as eleições gerais do dia 25 de julho.
O pai de Bilour foi assassinado em outro atentado suicida em 2012, da mesma forma que outros membros desta formação laica do noroeste do país, frequente alvo dos talibãs ao longo dos últimos anos.
O ANP é um partido laico e moderado que representa os pashtuns, etnia majoritária entre os talibãs e de grande parte da população em Kyber Pakhtunkhwa. O grupo faz atualmente parte da oposição na província depois de governá-la entre 2008 e 2013.