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Talibãs intensificarão ataques após anúncio de Obama

"Chamamos nossos mujahedins para intensificarem seus ataques contra alvos americanos", manifestou o grupo insurgente em comunicado


	Estados Unidos no Afeganistão: Obama anunciou ontem um novo plano para manter 5,5 mil soldados americanos no Afeganistão além do final de seu mandato
 (Reuters)

Estados Unidos no Afeganistão: Obama anunciou ontem um novo plano para manter 5,5 mil soldados americanos no Afeganistão além do final de seu mandato (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2015 às 11h57.

Cabul - Os talibãs pediram a suas fileiras nesta sexta-feira que intensifiquem os ataques contra alvos norte-americanos, em resposta ao novo plano do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para manter 5,5 mil de seus soldados em território afegão além de 2017.

"Chamamos nossos mujahedins para intensificarem seus ataques contra alvos americanos e a revisar, aumentar e acelerar seus planos contra seus movimentos, bases e órgãos associados", manifestou o grupo insurgente em comunicado.

Os talibãs acrescentaram que Washington perdeu a guerra no Afeganistão contando com centenas de milhares de soldados, por isso que suas "esperanças de deixar" apenas 5 mil homens no terreno não têm fundamento.

Os talibãs, que qualificaram de "ilógica" e "paradoxal" a decisão de Obama, advertiram que continuar com a "ocupação" reduzirá ainda mais o apoio da comunidade internacional e da população americana a seu Executivo.

"A América ficará emaranhada na guerra no Afeganistão completamente só, tal que sua sorte será similar à da antiga União Soviética", vaticinaram os insurgentes em referência à guerra travada pela potência comunista no país asiático (1979-1989), um dos fatores que precipitou sua desintegração.

O presidente dos Estados Unidos anunciou ontem um novo plano para manter 5,5 mil soldados americanos no Afeganistão além do final de seu mandato, que conclui em janeiro de 2017, para seguir treinando as forças afegãs e lutando contra os grupos terroristas perante a "frágil" situação no país.

O plano chega em um momento de crescente violência no conflito afegão, depois que os insurgentes ocuparam há duas semanas de forma temporária a importante cidade nordeste de Kunduz, sua maior conquista militar desde a queda do regime talibã após a invasão americana em 2001.

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