Mundo

Talibãs atacam tribunal e deixam dois mortos no Afeganistão

Criminosos lançaram granadas, trocaram tiros com as forças de segurança afegãs e incendiaram um dos prédios do complexo judicial

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2015 às 12h36.

Mazar-e Sharif - Um ataque com granadas de talibãs vestidos com uniformes militares nesta quinta-feira contra um tribunal deixou dois mortos e vários feridos nesta quinta-feira no Afeganistão, em mais uma demonstração da frágil segurança no país.

O ataque prosseguia em curso na cidade de Mazar-i-Sharif, norte do país.

Os talibãs pretendem iniciar em breve a tradicional ofensiva de primavera, em um momento no qual as forças afegãs lutam contra os insurgentes sem um apoio completo da Otan.

Os criminosos lançaram granadas, trocaram tiros com as forças de segurança afegãs e incendiaram um dos prédios do complexo judicial.

"Nossas primeiras informações dizem que homens armados entraram no Tribunal Provincial de Apelação de Mazar-i-Sharif", disse à AFP Abdul Raziq Qaderi, chefe de polícia interino da província de Balkh.

"Os homens armados trocaram tiros com as forças de segurança afegãs e o ataque continua", afirmou.

Os corpos de pelo menos dois policiais mortos e 31 feridos, alguns em condições críticas, foram levados para um hospital público.

"Policiais, promotores, funcionários do tribunal, mulheres e crianças estão entre os feridos", afirmou o médico Noor Mohamad Faiz.

Os talibãs reivindicaram o ataque desta quinta-feira, que evidencia a precária situação da segurança no país, no momento em que as tropas estrangeiras, lideradas pelos Estados Unidos, abandonam o Afeganistão após 13 anos de guerra.

"Nossos mujahedines mártires executaram um ataque na cidade de Mazar-i-Sharif. Combates violentos acontecem entre nossos mujahedines e as forças afegãs na região", afirmou o porta-voz dos talibãs, Zabihullah Muyahid

A missão de combate da Otan acabou formalmente em dezembro, mas uma reduzida força de acompanhamento permaneceu no país para apoiar as forças de segurança locais.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, recuou no mês passado da ideia de reduzir à metade o número de tropas americanas no Afeganistão, em resposta a um pedido do novo presidente afegão, Ashraf Ghani.

Obama aceitou manter o atual nível de 9.800 soldados americanos até o fim de 2015.

Os talibãs alertaram que o anúncio afetaria qualquer perspectiva de diálogo de paz.

Os insurgentes talibãs intensificaram os ataques contra alvos do governo desde o início, há dois meses, de uma ofensiva na província de Helmand (sul).

O número de civis mortos e feridos no Afeganistão aumentou 22% em 2014 na comparação com o ano anterior, segundo a ONU.

A Missão de Assistência das Nações Unidas no Afeganistão atribuiu o aumento a uma intensificação dos combates terrestres, que mataram 10.548 civis ano passado.

Acompanhe tudo sobre:AfeganistãoÁsiaIslamismoMortesTalibã

Mais de Mundo

Trump escolhe bilionário Scott Bessent para secretário do Tesouro

Partiu, Europa: qual é o país mais barato para visitar no continente

Sem escala 6x1: os países onde as pessoas trabalham apenas 4 dias por semana

Juiz adia indefinidamente sentença de Trump por condenação em caso de suborno de ex-atriz pornô