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Taliban diz que ocultar morte de líder foi decisão militar

A notícia da morte do mulá Omar vazou no mês passado, em meio a uma confusão sobre onde e quando o líder militante perdeu a vida


	Mulá Omar (C) durante encontro com suas tropas em Kandahar, em foto de 1996
 (AFP)

Mulá Omar (C) durante encontro com suas tropas em Kandahar, em foto de 1996 (AFP)

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Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2015 às 11h52.

Cabul - Membros da liderança do Taliban deicidiram manter a morte de seu líder em segredo durante mais de dois anos porque a guerra no Afeganistão estava entrando em uma fase crítica e a maioria das tropas estrangeiras se preparava para se retirar na ocasião, declarou o grupo militante nesta segunda-feira.

A notícia da morte do mulá Omar vazou no mês passado, em meio a uma confusão sobre onde e quando o líder militante perdeu a vida, mas, nesta segunda-feira, o Taliban reconheceu pela primeira vez o dia 23 de abril de 2013 como a data de sua morte.

O anúncio foi feito em um documento de quase 5 mil palavras publicado no site oficial da facção como uma “apresentação” de seu sucessor, o mulá Mansour, que foi vice do líder morto durante muito tempo. Sua escolha foi questionada por membros veteranos do grupo.

O Taliban, que até então não havia detalhado a razão de sua decisão de ocultar a morte de Omar, não informou quem referendou o acordo.

“Uma das principais razões foi o fato de que 2013 foi considerado o ano final do teste de poder entre os mujahidin (combatentes) e os invasores estrangeiros”, disse o Taliban no documento.

A facção insurgente foi expulsa do comando do país por uma coalizão militar encabeçada pelos Estados Unidos em 2001, e está envolvida em uma guerra cada vez mais violenta contra o governo do Afeganistão, que tem o apoio do exterior.

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