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Talibã se aproxima de Cabul, no Afeganistão: capital pode cair rapidamente

Países ocidentais se apressam em evacuar seus cidadãos da capital; milhares de tropas americanas fazem segurança no aeroporto

Militantes do Talibã podem invadir Cabul, no Afeganistão, a qualquer momento (AFP via Getty Images)/Getty Images)

Militantes do Talibã podem invadir Cabul, no Afeganistão, a qualquer momento (AFP via Getty Images)/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 14 de agosto de 2021 às 16h38.

Forças do Talibã tomaram uma cidade importante no norte do Afeganistão neste sábado, expulsando tropas afegãs, e se aproximaram de Cabul, onde países ocidentais se apressam para evacuar seus cidadãos da capital.

A queda de Mazar-i-Sharif, confirmada por uma autoridade do conselho da província, foi outra importante captura dos militantes linha-dura, que têm varrido o país nas últimas semanas, enquanto as forças lideradas pelos EUA se retiram.

Os Estados Unidos e o Reino Unido enviaram às pressas milhares de tropas de volta ao país para evacuar seus cidadãos, entre temores de que Cabul pode ser invadida em breve.

Forças de segurança de Mazar-i-Sharif estavam fugindo para a fronteira, disse Afzal Hadid, líder do conselho da província de Balkh, à Reuters.

"O Talibã tomou o controle de Mazar-i-Sharif", disse. "Todas as forças de segurança deixaram a cidade de Mazar". A cidade parece ter caído praticamente sem resistir, embora conflitos esporádicos continuem nas redondezas, afirmou.

Mais cedo no mesmo dia, os rebeldes haviam tomado uma cidade ao sul de Cabul que é um dos corredores para a capital.

Muitos afegãos fugiram das províncias para a capital, motivados pelos combates e temendo a volta de um domínio islâmico de linha-dura, enquanto desmorona a resistência das forças do governo afegão.

Ao cair da noite de sábado, centenas de pessoas aglomeravam-se em tendas ou a céu aberto na cidade, à beira das estradas ou em estacionamentos, disse um morador. "Você consegue ver o medo na cara delas", disse.

O presidente Ashraf Ghani realizou reuniões urgentes com líderes locais e parceiros internacionais, mas não deu nenhum sinal de que responderia à exigência do Talibã para que renunciasse como condição para um cessar-fogo.

Seu foco estava em "impedir mais instabilidade, violência e deslocamento do meu povo", afirmou em um breve discurso televisivo, acrescentando que as forças de segurança e defesa estavam sendo consolidadas.

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