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Talibã proíbe mulheres de frequentar a universidade no Afeganistão

"Recomenda-se que implementem a ordem de suspender a educação das mulheres até novo aviso", indica a carta publicada pelo ministro Neda Mohammad Nadeem

Estudantes afegãs prestam vestibular para a Universidade de Cabul, em outubro de 2022 (AFP/AFP Photo)

Estudantes afegãs prestam vestibular para a Universidade de Cabul, em outubro de 2022 (AFP/AFP Photo)

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AFP

Publicado em 20 de dezembro de 2022 às 18h07.

Última atualização em 20 de dezembro de 2022 às 18h14.

As autoridades do Talibã anunciaram, nesta terça-feira, 20, a proibição do acesso de mulheres à educação universitária no Afeganistão por um período indeterminado, segundo uma carta do Ministério do Ensino Superior enviada a todas as universidades públicas e privadas.

"Recomenda-se que implementem a ordem de suspender a educação das mulheres até novo aviso", indica a carta publicada pelo ministro Neda Mohammad Nadeem.

O porta-voz do ministério, Ziaulah Hashimi, que a tuitou, confirmou a ordem em mensagem enviada à AFP.

A proibição de acesso ao ensino superior chega menos de três meses depois que milhares de mulheres realizaram as provas de acesso à universidade, uma espécie de vestibular, em todo o país.

Desde que o grupo fundamentalista islâmico recuperou o controle do Afeganistão em agosto do ano passado, as universidades se viram obrigadas a implementar novas regras, entre elas a segregação por gênero nas salas de aula e nas entradas dos edifícios.

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Além disso, as estudantes apenas podiam ter aulas com docentes mulheres ou homens idosos.

A maioria das adolescentes de todo o país já havia sido proibida de frequentar o ensino médio, o que limita seriamente suas chances de ter acesso à universidade.

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