Danos após terremoto: "os nossos bons compatriotas e organizações beneficentes a não demorarem no fornecimento de abrigo, comida e suprimentos médicos para as vítimas deste terremoto" (Reuters / Stringer)
Da Redação
Publicado em 27 de outubro de 2015 às 09h40.
Cabul / Islamabad - O Taliban exortou as agências de ajuda nesta terça-feira a avançar na entrega de suprimentos de emergência para as vítimas do terremoto que atingiu as regiões montanhosas remotas do norte do Afeganistão e Paquistão, matando pelo menos 300 pessoas.
Com o rigoroso inverno se impondo na região das montanhas Hindu Kush, epicentro do terremoto, a situação das milhares de pessoas que ficaram desabrigadas está se tornando cada vez mais grave.
"O Emirado Islâmico exorta os nossos bons compatriotas e organizações beneficentes a não demorarem no fornecimento de abrigo, comida e suprimentos médicos para as vítimas deste terremoto", disse o Taliban em uma mensagem de condolências às vítimas, usando seu nome formal.
"E ordena igualmente a seus combatentes nas áreas afetadas que provenham o máximo de ajuda." No entanto, o esforço de socorro está sendo complicado pela instabilidade decorrente da insurgência do Taliban, já que boa parte da zona afetada é insegura para as organizações internacionais e as tropas do governo.
"A comida e outros itens de ajuda são insuficientes", disse Abdul Habib Sayed Khil, chefe da polícia de Kunar, uma das províncias mais atingidas, onde foi confirmada a morte de 42 pessoas.
"Está chovendo há quatro dias e o clima está muito frio. Se não providenciarmos ajuda muito em breve, isso pode virar um desastre."
Em consequência do sismo, estradas e comunicações estão interrompidas em muitas áreas e as autoridades e organizações humanitárias internacionais ainda estavam tentando avaliar a extensão dos danos.
No Paquistão, onde deslizamentos de terra e fortes chuvas e neve no fim de semana já haviam deixado milhares de turistas retidos em áreas montanhosas do norte, os militares do país, que são bem-equipados, estão fortemente envolvidos nos esforços de socorro.