Mundo

Talebans negam ordem para menina cometer atentado

Talebans negaram que tenham ordenado a uma menina de 10 anos realizar um ataque suicida


	Uma menina anda em um cemitério coberto pela neve em Cabul, Afeganistão: "nunca usamos crianças em geral", disse porta-voz taleban
 (Mohammad Ismail/Reuters)

Uma menina anda em um cemitério coberto pela neve em Cabul, Afeganistão: "nunca usamos crianças em geral", disse porta-voz taleban (Mohammad Ismail/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2014 às 07h24.

Cabul - Os talebans negaram nesta quarta-feira à Agência Efe que tenham ordenado a uma menina de 10 anos realizar um ataque suicida contra um posto de controle no sul do Afeganistão, como denunciou a menor após se entregar às forças de segurança do país.

"Nunca usamos crianças em geral, nem meninas em particular, para estes ataques", disse um porta-voz insurgente, Qari Mohammed Yousef Ahmadi.

A menina se entregou há dois dias voluntariamente aos agentes do posto de segurança onde supostamente iria cometer o atentado, no distrito de Khanishin, na província de Helmand, explicou o Ministério do Interior em um comunicado.

A jovem foi libertada para que voltasse ao lar pelo presidente afegão, Hamid Karzai, que qualificou os ataques suicidas como contrários ao islamismo.

"Isto é propaganda do governo de Cabul para difamar os "mujahedin"", afirmou Ahmadi.

"Temos normas para os ataques suicidas. Os atacantes devem ser homens, adultos e dispostos a realizá-los por vontade própria", acrescentou.

No entanto, em março de 2013, também em Helmand, duas crianças morreram e seis ficaram feridas após a explosão de um colete carregado de explosivos durante aulas sobre seu manejo e fabricação em uma escola religiosa.

Além disso, em 2011 ocorrem vários casos nos quais menores de idade praticaram atentados suicidas tanto no Afeganistão como nas zonas do Paquistão próximas à fronteira.

Em agosto desse ano, um adolescente detonou explosivos que levava preso ao corpo durante a reza islâmica em um templo situado em Jamrud, nos arredores da cidade paquistanesa de Peshawar.

Dois meses antes, uma menina de oito anos morreu ao explodir a bomba que transportava em uma bolsa quando se dirigia a um posto policial na província de Uruzgan, no sul do Afeganistão.

Acompanhe tudo sobre:TerrorismoAtaques terroristasÁsiaTalibãAfeganistãoIslamismo

Mais de Mundo

Xi pressiona Trump sobre Taiwan e pede avanço em trégua comercial

Decisão da venda de chips da Nvidia à China está na mesa de Trump, diz secretário

Vulcão na Etiópia entra em erupção pela 1ª vez após quase 12 mil anos

Trump diz que visitará China em abril após 'ótima conversa' com Xi