Esta foto tirada e divulgada pelo Gabinete Presidencial de Taiwan em 19 de junho de 2024 mostra o presidente de Taiwan, Lai Ching-te, falando durante uma conferência de imprensa no Gabinete Presidencial em Taipei (ESCRITÓRIO PRESIDENCIAL DE TAIWAN/AFP)
Agência de notícias
Publicado em 19 de junho de 2024 às 07h43.
O presidente de Taiwan, Lai Ching-te, disse nesta quarta-feira que a ilha autônoma permanecerá firme diante da pressão da China.
“Além da força militar, (a China) tem usado cada vez mais métodos não tradicionais de coerção para tentar subjugar Taiwan”, disse Lai, durante uma conferência de imprensa que marcou o seu primeiro mês no cargo.
"No entanto, Taiwan não cederá à pressão. O povo de Taiwan defenderá resolutamente a sua soberania nacional e manterá o seu modo de vida democrático e livre", acrescentou.
A China intensificou a pressão militar e política sobre o governo de Taipei nos últimos anos, incluindo manobras militares em torno da ilha, três dias após o início do governo de Lai.
Segundo Pequim, osexercícios de guerra foram um “castigo” pelo discurso inaugural de Lai, que descreveu como uma “confissão da independência de Taiwan”.
A China considera Taiwan parte do seu território e não descarta o uso da força para recuperá-lo.
Entretanto, os Estados Unidos anunciaram na terça-feira a aprovação de duas vendas de armas a Taiwan, incluindo US$ 300 milhões em drones e US$ 60,2 milhões em vários equipamentos, como mísseis guiados de precisão.
Lai agradeceu a Washington pelo apoio e reiterou a necessidade de desenvolver “resiliência” na estratégia de defesa de Taiwan.
“O povo de Taiwan ama a paz e é gentil com os outros, mas a paz deve ser apoiada pela força. Alcançar a paz através da preparação é a forma de evitar conflitos”, disse o governante. A China chamou Lai de “separatista perigoso”.