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Tailândia: piores inundações em 50 anos já deixaram 384 mortos

As enchentes afetam mais de dois milhões de pessoas no país, incluindo parte da capital Bangcoc, o norte e o centro do território

O centro de operações contra as inundações indicou que 550 milhões de metros cúbicos serão desviados por dia até o mar através do rio Chao Praya (Paula Bronstein/Getty Images)

O centro de operações contra as inundações indicou que 550 milhões de metros cúbicos serão desviados por dia até o mar através do rio Chao Praya (Paula Bronstein/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2011 às 05h46.

Bangcoc - As autoridades da Tailândia elevaram nesta terça-feira para 384 o número de mortos pelas inundações que alagaram parte da capital e que afetam o norte e o centro do país desde o fim de julho.

O Departamento para Prevenção e Mitigação de Desastres assinalou em comunicado que a água continua estagnada em 147 comarcas de 26 províncias, com mais de dois milhões de pessoas atingidas.

As autoridades planejam drenar nos próximos dez dias os 5,5 bilhões de metros cúbicos de água contidos com barreiras para evitar a inundação do centro de Bangcoc.

O centro de operações contra as inundações indicou que 550 milhões de metros cúbicos serão desviados por dia até o mar através do rio Chao Praya e dos canais que passam pelas zonas leste e oeste da capital.

Até o momento, foram drenados 9,9 bilhões de metros cúbicos de água que chegaram do norte e acabaram contidas na capital por centenas de barreiras de cimento e sacos de areia.

Nesta segunda-feira, a primeira-ministra tailandesa, Yingluck Shinawatra, declarou que não há mais risco de que a água que já alagou pelo menos 15 distritos na zona metropolitana de Bangcoc afete os bairros do centro financeiro e comercial da capital.

Yingluck assegurou que os parques industriais inundados, o que paralisou as atividades de milhares de empresas, incluindo Honda e Toyota, voltarão à normalidade nos próximos três meses.

Bangcoc, uma metrópole com notáveis contrastes em circunstâncias normais, oferece agora um a mais: uma zona central seca na qual não desapareceu a agitação habitual e uma periferia alagada onde seus moradores enfrentam um desastre.

Os habitantes das áreas inundadas tentam salvar suas casas e lojas comerciais interrompendo as vias de água ou lutando nos diques de seus bairros contra a tromba d'água de água que continua a chegar sem parar, com a cor cada vez mais escura e com um cheiro fétido devido ao lixo que arrasta.

O Ministério da Saúde e organizações dedicadas à saúde pública alertaram do crescente risco de uma onda de doenças nas áreas inundadas, especialmente diarreia e infecções cutâneas.

Grandes extensões de terra nas províncias de Ayutthaya e Pathum Thani estão cobertas por até três metros de água, incluindo aquelas que abrigam sete grandes zonas industriais evacuadas há quase duas semanas por ordem do Governo.

Estas inundações, consideradas as piores registradas no país asiático em 50 anos, obrigaram mais de 150 mil pessoas a procurarem abrigo em centros de acolhimento improvisados.

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