Por enquanto, os partidos políticos registrados na Tailândia foram excluídos da atividade política desde o golpe do dia 22 de maio de 2014 (Athit Perawongmetha/Reuters)
EFE
Publicado em 10 de outubro de 2017 às 06h46.
Última atualização em 10 de outubro de 2017 às 06h47.
Bangcoc - O primeiro-ministro da Tailândia, general Prayut Chan-ocha, anunciou nesta terça-feira a realização de eleições gerais, marcadas para novembro de 2018, que restabelecerão a democracia interrompida pelo golpe perpetrado pelo exército em 2014.
Prayut, presidente da junta militar que governa o país desde então, disse em uma reunião do Gabinete que a data exata das eleições será anunciada em junho do próximo ano, informou o Governo na sua página na Internet.
O anúncio acontece dias depois que Prayut se reuniu com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o comunicou que organizaria eleições livres e justas em 2018.
No último domingo, entrou em vigor a nova Lei de Partidos Políticos, uma das quatro leis orgânicas necessárias para realizar as anunciadas eleições.
As novas legislações regulamentam a Comissão Eleitoral, aprovada neste ano após a entrada em vigor da nova Constituição, em abril, e as que regulam a Câmara Baixa e Câmara Alta.
O presidente da comissão que redigiu a Constituição, Meechai Ruchupha, declarou na semana passada que as duas leis orgânicas a serem elaboradas no início de dezembro, mas não garantiu a aprovação imediata do Parlamento nomeado pela junta militar.
Por enquanto, os partidos políticos registrados na Tailândia foram excluídos da atividade política desde o golpe do dia 22 de maio de 2014, e as autoridades não disseram quando pensam revogar essa restrição.
O populista Puea Thai, constituído à sombra do ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawtra, é a principal formação do palco politico e venceu as últimas eleições, celebradas em 2011.
A formação de Thaksin - atualmente no exílio em Dubai -, venceu todas as eleições legislativas organizadas na Tailândia desde 2001.
A Tailândia já passou por 20 golpes de Estado ou tentativas desde que se aboliu a monarquia absoluta em 1932, as duas últimas em 2006 e 2014.