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Suu Kyi volta ao Parlamento de Mianmar após vitória

Nas eleições parciais de 2012, o partido de Suu Kyi, a LND, já tinha obtido praticamente todos as quarenta cadeiras em jogo


	Suu Kyi como deputada: "Vamos preparar o terreno para que o novo Parlamento possa trabalhar", declarou presidente da Câmara
 (Soe Zeya Tun / Reuters)

Suu Kyi como deputada: "Vamos preparar o terreno para que o novo Parlamento possa trabalhar", declarou presidente da Câmara (Soe Zeya Tun / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2015 às 07h29.

A opositora Aung San Suu Kyi, que venceu de forma esmagadora as eleições legislativas de Mianmar, no dia 8 de novembro, retornou nesta segunda-feira ao Parlamento como deputada, mais uma etapa da delicada transição prometida pelos herdeiros da junta no poder.

"Vamos preparar o terreno para que o novo Parlamento possa trabalhar", declarou o presidente da Câmara, Shwe Mann.

Nas eleições parciais de 2012, o partido de Suu Kyi, a LND, já tinha obtido praticamente todos as quarenta cadeiras em jogo.

Suu Kyi entrou no Parlamento logo antes da sessão começar, com duas rosas vermelhas na mão, e sua chegada foi acompanhada por dezenas de câmeras, mas não fez declarações à imprensa.

Foi sua primeira aparição pública desde o anúncio da sua vitória histórica, depois de trinta anos de luta.

Uma parte dos deputados do USDP, partido derrotado, não compareceu.

Os deputados militares, que não são eleitos e ocupam 25% do Parlamento, chegaram antes dos demais, de uniforme, e também se recusaram a fazer qualquer declaração.

Por conta de outra bizarrice do sistema político de Mianmar, Aung San Suu Kyi e seus cerca de 40 deputados eleitos no pleito anterior continuam na oposição, diante de 331 da USDP, já que o novo Parlamento, que será dominado a 80% pela LND, só entrará em função no fim do mês de janeiro.

Esta transição de quase três meses, herança da junta milita extinta em 2011, é "estúpida", tinha avisado a opositora antes mesmo das eleições.

"É incrível, em nenhum outro lugar do mundo existe um prazo tão longo entre o fim das eleições e a formação da nova administração", tinha lembrado Suu Kyi em novembro, em entrevista a veículos internacionais.

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