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Suspeitos do assassinato de candidato equatoriano devem responder por homicídio e tráfico de drogas

Além dos colombianos, mais quatro pessoas foram presas pela Justiça equatoriana por estarem supostamente relacionadas ao crime

Fernando Villavicencio foi assassinado a tiros na quarta-feira (Ernesto Benavides/Getty Images)

Fernando Villavicencio foi assassinado a tiros na quarta-feira (Ernesto Benavides/Getty Images)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 11 de agosto de 2023 às 18h17.

Última atualização em 11 de agosto de 2023 às 18h36.

Os seis colombianos presos preventivamente por suposta participação no assassinato do candidato presidencial do Equador Fernando Villavicencio serão investigados por tráfico de drogas em grande escala e pelo crime de homicídio de candidato a eleição popular.

Andrés Mosquera, Neider Lopez, Adey Garcia, Camilo Romero, Jules Castaño e Jhon Rodriguez foram presos preventivamente na quinta-feira, 10.

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Pelo crime de tráfico, as penas variam entre dez e 13 anos de prisão. Já pelo crime de homicídio, os réus podem pegar entre 22 a 26 anos de prisão. Segundo a Constituição equatoriana, o crime é agravado "se a morte for perpetrada durante concentração de massas, motim, comoção popular, evento esportivo ou calamidade pública e contra dignitário ou candidato a eleição popular".

As audiências começaram às 19h de quinta-feira, quase 24 horas após a confirmação da morte de Villavicencio, assassinado ao sair de um ato de campanha na capital equatoriana. No local do crime foram encontrados 61 cartuchos de arma calibre 9 mm, três cartuchos calibre 2,23 e uma granada que não explodiu.

Nas incursões realizadas em Conocoto e San Bartolo, nos arredores de Quito, foram encontradas armas de fogo e vários quilos de substância entorpecente — não foi divulgada nem a quantidade nem o tipo de droga encontrada, o que a defensora pública designada para o caso contesta. Nos locais, foram apreendidos um fuzil, quatro pistolas, uma submetralhadora, três granadas de fragmentação e várias caixas com munição calibre 9 mm.

A defensora pública defende que todos os réus têm marcas de pancadas e traumatismos espalhados pelo corpo e que há atestados médicos que comprovam as denúncias de maus tratos. Ela também disse ao juiz Gonzalo Núñez que não há registro de que a Embaixada da Colômbia no Equador tenha sido notificada sobre a situação de seus clientes, e alegou que o devido processo foi violado. Ainda pediu que a prisão preventiva seja classificada como ilegal. Para a advogada, ainda é necessário especificar a atuação de cada um dentro do homicídio.

O juiz, que determinou o flagrante delito que levou à prisão preventiva, por sua vez, rejeitou as alegações. O laudo balístico confirma que os cartuchos calibre 2,23 encontrados no local do crime correspondem a um dos fuzis encontrados nas buscas. Além disso, foi apresentado o registro de uma impressão digital encontrada em uma moto abandonada por um dos detidos.

Além dos colombianos, mais quatro pessoas teriam sido presas pela Justiça equatoriana por estarem supostamente relacionadas ao crime. Segundo a imprensa equatoriana, os novos suspeitos teriam sido presos em Sangolquí, nos arredores de Quito. Uma das provas seria um celular que estava em poder de um deles.

O crime foi atribuído, em um primeiro momento, a membros da facção criminosa Los Lobos, após a divulgação de um vídeo que circulou na internet. Investigações policiais, no entanto, mostraram que se tratava de um vídeo falso. Uma das linhas da investigação, segundo fontes equatorianas, aponta para Los Choneros, grupo rival de Los Lobos, como possível autor do crime, com cumplicidade das forças de segurança infiltradas por esses grupos.

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