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Suspeito de corrupção, Netanyahu é interrogado pela 8ª vez

O primeiro-ministro de Israel é acusado de receber uma cobertura positiva da agência de notícias Walla em troca de favores ao seu proprietário

Netanyahu: ele foi interrogado sete vezes durante 2017 em diversos casos de corrupção (Ronen Zvulun/Reuters)

Netanyahu: ele foi interrogado sete vezes durante 2017 em diversos casos de corrupção (Ronen Zvulun/Reuters)

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EFE

Publicado em 2 de março de 2018 às 07h25.

Jerusalém - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, está sendo interrogado nesta sexta-feira pela polícia em relação ao caso 4000 ou Bezeq, em que se suspeita que o chefe de Governo recebeu uma cobertura positiva da agência de notícias Walla em troca de favores ao seu proprietário.

Por volta das 9h (horário local, 4h de Brasília), investigadores policiais chegaram à residência do primeiro-ministro, em Jerusalém, para o interrogatório, enquanto sua esposa Sara foi aos escritórios da Unidade Nacional de Crime Econômico, Lahav 433, para prestar depoimento no mesmo caso, informou o jornal local "Yedioth Ahronoth".

Netanyahu foi interrogado sete vezes durante 2017 em diversos casos de corrupção, em dois dos quais é considerado suspeito pela polícia que recomendou sua acusação ao Ministério Público.

O primeiro-ministro declarou hoje, sob cautela no caso Bezeq, o que indica que a polícia se reserva no direito de considerá-lo mais tarde um suspeito, informou o jornal "Maariv".

A investigação 4000 deu um salto qualitativo no mês passado com as prisões do ex-assessor de comunicação de Netanyahu, Nir Hefetz, e o magnata Shaul Elovitch, dono da empresa de telecomunicações israelense Bezeq e da agência de notícias Walla, que supostamente teria recebido propina, em troca de dar uma cobertura positiva da família do primeiro-ministro.

Também foi preso Shlomo Filber, ex-diretor-geral do Ministério das Comunicações, que acusou o primeiro-ministro, após assinar um pacto com a Promotoria para ser testemunha do Estado.

O caso 4000 examina se Elovitch recebeu benefícios para Bezeq quando Netanyahu exercia o cargo de ministro das Comunicações, além da chefia do Governo quando supostamente aconteceram esses fatos, entre os anos de 2015 a 2017.

Durante as audiências desta semana, o procurador Yehudit Tirosh, da Autoridade de Valores de Israel, declarou que Netanyahu estava no centro de "um caso muito grave de dar e receber propinas".

A polícia também planeja pedir uma declaração a Netanyahu sobre o caso 3000, no qual se suspeita que alguns representantes do Estado receberam propinas para influenciar na compra de submarinos da companhia de navegação alemã ThyssenKrupp, apesar da oposição do Ministério da Defesa.

O primeiro-ministro israelense é considerado suspeito dos crimes de fraude, abuso de confiança e suborno pela polícia no caso 1000, que investiga a recepção de luxuosos presentes em troca de favores, e 2000, que estuda uma tentativa de pacto com um jornal para receber cobertura favorável, em troca de prejudicar a distribuição do veículo rival.

Netanyahu negou reiteradamente as acusações e atribui todas elas a uma "campanha de perseguição".

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