Louvre: o homem alugou um apartamento no 8º, o exclusivo bairro da capital, que já foi inspecionado pela Polícia, e também um carro (Christian Hartmann/Reuters)
EFE
Publicado em 3 de fevereiro de 2017 às 20h13.
Última atualização em 3 de fevereiro de 2017 às 20h13.
Paris - O suspeito de ter atacado um grupo de soldados no Museu do Louvre é um egípcio que entrou na França com um visto de turista em 26 de janeiro e comprou em Paris os dois facões que usou para agredir os militares, indicou o promotor da capital francesa, François Molins.
Sua identidade ainda não foi formalmente determinada, mas, segundo os primeiros dados da investigação, se trata de um egípcio, de 29 anos, com permissão de residência nos Emirados Árabes Unidos, de onde saiu rumo a Paris, de avião.
Ele indicou aos jornalistas que o agressor solicitou visto de entrada em 30 de outubro e tinha o voo de volta marcado para o próximo domingo.
O homem alugou um apartamento no 8º, o exclusivo bairro da capital, que já foi inspecionado pela Polícia, e também um carro. Dois dias após chegar à França, ele comprou os dois facões militares, de 40 centímetros cada, por 680 euros (R$ 2.285), pagos em dinheiro, em uma loja próxima à Praça da Bastilha.
Na inspeção, segundo Molins, foram encontradas as capas dos facões, o passaporte egípcio, que tinha um carimbo de entrada na Arábia Saudita e outros dois na Turquia, datados em 2015 e 2016, a permissão de residência nos Emirados Árabe, roupa "para uma semana", um tablet, uma bateria autônoma de telefone celular e quase 1.000 euros (cerca de R$ 3.300) em espécie.
A investigação, aberta pela Promotoria pelas acusações de tentativas agravadas de assassinatos relacionadas ao terrorismo e associação terrorista criminosa, procura na França "e no exterior" formas de determinar seu percurso e "ver se atuou sozinho ou seguindo instruções".
O ataque aconteceu às 9h50 (horário local, 5h50 em Brasília) contra quatro membros da operação antiterrorista do Exército francês, colocada no Louvre após a onda de atentados que o país sofreu nos últimos anos.
A resposta dos militares, segundo Molins, pôs fim a uma "ação terrorista".
"Não posso falar mais", afirmou ele, precisando que o suspeito não estava fichado pela Polícia e que na não levava explosivos na mochila, mas sim dois sprays de tinta.