PCasamento gay: a decisão tem efeito imediato (Denis Charlet/AFP)
Da Redação
Publicado em 13 de novembro de 2014 às 06h48.
Washington - A Suprema Corte de Justiça dos Estados Unidos autorizou o casamento gay no Kansas, nesta sexta-feira, que se torna o 33º dos 50 estados americanos a legalizar a união entre pessoas do mesmo sexo, além da capital federal, Washington, DC.
Em uma breve e já esperada decisão, sete dos nove juízes do Supremo rejeitaram a ação do Kansas de bloquear os casamentos homossexuais no estado. A decisão tem efeito imediato.
Com isso, a Suprema Corte confirma a decisão de um juiz federal de invalidar a proibição desse tipo de união pela lei de Kansas. Apenas dois juízes ultraconservadores, Antonin Scalia e Clarence Thomas, votaram contra, segundo o documento divulgado pela mais alta instância do Poder Judiciário americano.
No mês passado, o governo de Barack Obama anunciou que o casamento gay era reconhecido em 32 dos 50 estados americanos, além da capital.
Embora Kansas ainda possa recorrer à Corte de Apelação, é muito pouco provável que seja ouvido, considerando-se que essa instância já rejeitou dois pedidos idênticos de outros dois estados - Oklahoma e Utah.
O 34º estado a engrossar a lista pode ser a Carolina do Sul, depois que um juiz federal decidiu nesta quarta que a proibição dessas uniões é inconstitucional. O tema também irá para um tribunal de apelação.
A tendência geral do país é legalizar esse tipo de união nos tribunais, mas uma Corte de Apelação resistiu na semana passada. Pela primeira vez, confirmou-se a proibição desses casamentos em quatro estados: Michigan, Ohio, Tennessee e Kentucky. A questão não deve demorar a chegar até a Suprema Corte.
Em 26 de junho de 2014, nove juízes da Suprema Corte tomaram uma decisão histórica, ao invalidar a lei federal de defesa do matrimônio, o qual se restringia a um enlace entre um homem e uma mulher.
Também foi autorizado que os casais gays recebam os mesmos benefícios federais que os casais heterossexuais. Conforme a legislação, a Suprema Corte concede a cada Estado o direito de legalizar, ou não, a união gay.