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Supremo do Paquistão anuncia que julgará caso contra premiê

Raja Pervez Ashraf, que recebeu na terça-feira uma ordem de prisão, será julgado de qualquer forma, afirmou chefe do Supremo


	O primeiro-ministro paquistanês, Raja Ashraf (C): ele é apontado como responsável por irregularidades em uma iniciativa para atenuar a escassez energética com usinas alugadas
 (Aamir Qureshi/AFP)

O primeiro-ministro paquistanês, Raja Ashraf (C): ele é apontado como responsável por irregularidades em uma iniciativa para atenuar a escassez energética com usinas alugadas (Aamir Qureshi/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2013 às 11h13.

Islamabad - O chefe do Tribunal Supremo do Paquistão (TS), Iftikhar Chaudhry, disse nesta quarta-feira que o caso contra o primeiro-ministro, Raja Pervez Ashraf, que recebeu na terça-feira uma ordem de prisão, será julgado de qualquer forma.

Segundo o jornal local "Dawn", Chaudhry acrescentou que, como todos os casos analisados pelo TS, o polêmico caso de contratos de energia ilegais será julgado com base na Constituição e no ordenamento legal.

O chefe do Supremo quis evitar os muitos rumores que surgiram no país após a decisão do tribunal de reativar o processo contra Ashraf em um momento de grande tensão política.

O máximo representante do Poder Judiciário no Paquistão afirmou que embora há vozes que pedem que o processo seja postergado, o caso seguirá seu curso, aconteça o que acontecer, porque os juízes devem administrar a justiça sem contar com o que ocorre fora do tribunal.

A decisão de ontem do TS caiu como uma bomba nos meios de imprensa e na classe política do país, já que coincidiu com o discurso oferecido pelo clérigo reformista Tahirul Qadri perante mais de 100 mil pessoas em Islamabad.

O caso pelo qual o chefe de Governo é julgado é por conta de seu período como ministro da Energia e Água entre 2008 e 2011, sendo apontado como responsável por irregularidades em uma iniciativa para atenuar a escassez energética com usinas alugadas.

Ashraf chegou a ser denominado por alguns meios de imprensa locais como "Raja aluguéis".

Por enquanto, o Governo guarda um silêncio quase absoluto sobre a decisão judicial, apesar do estado maior do PPP ter se reunido na noite de terça para estudar sua estratégia perante a crise institucional aberta, sem que transcendessem as conclusões do encontro.

O mandato governamental expira, segundo os prazos previstos, em março, e se prevê que as próximas eleições aconteçam em maio.

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