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Supremo da Venezuela desiste de assumir funções do Parlamento

Após apelo de Nicolás Maduro, Corte voltou atrás na decisão de assumir funções do Parlamento

Opositores de Nicolás Maduro protestam contra decisões consideradas ditatoriais (Marco Bello/Reuters)

Opositores de Nicolás Maduro protestam contra decisões consideradas ditatoriais (Marco Bello/Reuters)

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EFE

Publicado em 1 de abril de 2017 às 12h14.

Última atualização em 1 de abril de 2017 às 13h02.

Caracas - A Suprema Corte da Venezuela anunciou neste sábado que não irá assumir as funções do parlamento, depois que o presidente Nicolás Maduro pediu ao órgão que revisasse a sentença que retirava os poderes da Assembleia Nacional.

Em comunicado, a Suprema Corte venezuelana informa que "suprime" algumas partes da citada sentença e deixa sem efeito sua anterior decisão de assumir as competências do Parlamento.

O Tribunal também suprimiu o conteúdo da sentença com a qual tinha decidido limitar a imunidade dos deputados da Assembleia Nacional, ao considerar que esse privilégio era "incompatível" com o "desacato" no qual persiste por manter em suas cadeiras três deputados suspensos por uma investigação de fraude eleitoral.

A decisão foi anunciada depois que o Conselho de Defesa da Nação, uma instância de consulta do chefe de Estado, pediu ao TSJ que revisasse essas sentenças.

Maduro convocou este Conselho com o objetivo de "resolver" o que qualificou como um impasse derivado da posição do Ministério Público diante da sentença na qual o TSJ atribui a si as funções do parlamento, devido à situação de "desacato" na qual este se encontra.

O Conselho de Defesa chegou a este consenso apesar de horas antes o próprio Maduro ter respaldado a decisão do Supremo, fiador do cumprimento da Constituição venezuelana, e a chanceler Delcy Rodríguez prever comparecer à sede judicial para expressar também o apoio do Executivo.

Outro ponto de acordo ao qual chegou o Conselho foi ratificar que o máximo tribunal, em sua Corte Constitucional, "é a instância competente para o controle da constitucionalidade dos atos emanados de qualquer órgão do poder público nacional", assim como "a resolução dos conflitos entre poderes".

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