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Suprema Corte rejeita ação para reverter vitória de Biden na Pensilvânia

Não houve discordâncias entre os juízes do tribunal, que possui uma maioria conservadora de 6 contra 3 progressistas

Biden: Pensilvânia foi um dos Estados cruciais para o resultado da eleição (Joe Raedle/Getty Images)

Biden: Pensilvânia foi um dos Estados cruciais para o resultado da eleição (Joe Raedle/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 8 de dezembro de 2020 às 21h23.

A Suprema Corte dos Estados Unidos impôs nesta terça-feira uma derrota aos republicanos que buscavam descartar até 2,5 milhões de cédulas enviadas por correspondência no Estado da Pensilvânia nas eleições presidenciais do país, tentando reverter a derrota do presidente Donald Trump na disputa, com os juízes da corte se recusando a impedir que o Estado formalize a vitória do presidente eleito Joe Biden.

A corte rejeitou o pedido feito pelo deputado norte-americano Mike Kelly, um aliado de Trump, junto com outros republicanos da Pensilvânia, que entraram com uma ação após as eleições do dia 3 de novembro argumentando que a expansão da votação por correspondência no Estado em 2019 era ilegal de acordo com leis estaduais.

A Pensilvânia foi um dos Estados cruciais para o resultado da eleição, e viu Biden, um democrata, bater Trump após o presidente republicano ganhar no Estado nas eleições de 2016. Autoridades estaduais já confirmaram os resultados da eleição.

Não houve discordâncias entre os juízes do tribunal, que possui uma maioria conservadora de 6 contra 3 progressistas. Três dos atuais membros conservadores foram apontados por Trump.

O presidente republicano pediu que o Senado, liderado pelos republicanos, confirmasse sua mais recente indicação, a juíza Amy Coney Barrett, antes das eleições, para que ela pudesse participar em casos relacionados à disputa eleitoral.

Trump faz afirmações falsas de que venceu a reeleição, reivindicando sem fundamentos a existência de fraude eleitoral generalizada em alguns Estados, entre eles a Pensilvânia.

Democratas e outros críticos acusam Trump de tentar reduzir a confiança do povo norte-americano na integridade das eleições norte-americanas, minando a democracia ao tentar subverter a vontade do eleitorado.

A ação dos republicanos argumentava que o programa de votação por correspondência aprovado em 2019 pela Assembleia Legislativa estadual da Pensilvânia, também controlada pelos republicanos, permitindo a votação por correspondência por qualquer motivo, violava a constituição do Estado.

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