Mundo

Suprema Corte invalida parte de lei que protegia minorias

Principal tribunal americano decidiu por 5 votos a 4 que parte da Lei de Direitos Eleitorais, que buscava evitar discriminação racial, era inconstitucional


	Suprema Corte dos Estados Unidos: norma estipulava que nove estados e governos locais de outros sete deviam pedir autorização ao Departamento de Justiça para mudar suas normais eleitorais
 (AFP)

Suprema Corte dos Estados Unidos: norma estipulava que nove estados e governos locais de outros sete deviam pedir autorização ao Departamento de Justiça para mudar suas normais eleitorais (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2013 às 14h59.

Washington - A Suprema Corte dos Estados Unidos invalidou nesta terça-feira uma parte da Lei de Direitos Eleitorais, a que busca evitar a discriminação racial em estados com passado segregacionista.

O principal tribunal do país decidiu por 5 votos contra 4 que a seção 4 da lei de 1965 era inconstitucional, e pediu ao Congresso que redefina quais estados devem buscar a aprovação do governo federal para realizar mudanças em sua próprias normas eleitorais.

"Nossa decisão de maneira alguma afeta a proibição permanente e em nível nacional de discriminação nas eleições", afirmou o titular do tribunal, John Roberts, ao divulgar a opinião da maioria.

A Lei de Direitos Eleitorais - que foi renovada pelo Congresso em 2006 - é rejeitada por vários estados que a consideram anacrônica, apesar de um certo número de organizações de defesa dos direitos civis acharem que continua sendo necessária.

A norma estipulava que nove estados, majoritariamente do Sul, e governos locais de outros sete estados deviam pedir autorização ao Departamento de Justiça para realizar qualquer mudança em suas normais eleitorais.

O caso chegou à Suprema Corte meses depois da reeleição do primeiro presidente negro da história dos Estados Unidos, algo que os críticos destacavam como evidência de que a lei já não era necessária.

Acompanhe tudo sobre:Direitos civisEleições americanasEstados Unidos (EUA)Países ricos

Mais de Mundo

Califórnia promete intervir se Trump eliminar incentivos fiscais a veículos elétricos

Trump diz que taxará produtos do México e Canadá assim que assumir a presidência

Mais de R$ 4,3 mil por pessoa: Margem Equatorial já aumenta pib per capita do Suriname

Nicarágua multará e fechará empresas que aplicarem sanções internacionais