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Suprema Corte dos EUA rejeita avaliar caso de armas

A breve notificação rejeita o pedido dos defensores das armas que alegavam que NY e Connecticut violavam seu direito constitucional de possuir e portar armas


	Armas: os litigantes sustentam que as leis de Connecticut e Nova York violam o direito à defesa de seus cidadãos
 (Getty Images / Joe Raedle)

Armas: os litigantes sustentam que as leis de Connecticut e Nova York violam o direito à defesa de seus cidadãos (Getty Images / Joe Raedle)

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Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2016 às 12h06.

Washington - A Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou nesta segunda-feira avaliar um caso sobre armas de assalto e aprovou assim as proibições mantidas nos estados de Nova York e Connecticut sobre este tipo de armas semiautomáticas, similares ao fuzil utilizado no massacre em Orlando, na Flórida.

"Revisão negada", determinou hoje a máxima instância judicial do país em uma breve notificação, na qual rejeita o pedido dos defensores das armas que alegavam que Nova York e Connecticut violavam seu direito constitucional de possuir e portar fuzis e pistolas, conforme estipulado pela Segunda Emenda à Constituição dos EUA.

Em seu pedido à Suprema Corte, os litigantes sustentam que as leis de Connecticut e Nova York violam o direito à defesa de seus cidadãos e proíbe armas que são usadas para atividades de caça e para uso recreativo.

Nova York e Connecticut mudaram suas legislações sobre armas em 2013 em resposta ao massacre de 2012 na escola Sandy Hook, em Newtown (Connecticut), onde 20 crianças e seis mulheres foram assassinadas a tiros.

A Suprema Corte não avalia um grande caso sobre armas desde 2010, quando aprovou pela segunda vez o direito dos americanos a possuir e portar armas para sua legítima defesa.

Depois do tiroteio de 12 de junho em Orlando, que deixou 50 mortos, entre eles o agressor, e 53 feridos, cresceram os pedidos para aumentar os controles sobre as armas.

O suposto autor do massacre de Orlando, Omar Mateen, um americano de origem afegã, foi investigado durante dez meses por radicalismo pelo FBI, mas como o mesmo não tinha histórico criminal, pôde comprar legalmente as armas com as quais realizou o atentado.

Por isso, os legisladores democratas do Congresso pediram aos republicanos o aumento nos controles para evitar o acesso às armas de suspeitos de ligação com terrorismo e de pessoas incluídas em "listas de monitoramento" das agências de inteligência, como o FBI e a CIA.

O Senado dos EUA prevê votar hoje quatro emendas de lei para ampliar o controle de armas, mas a iniciativa tem poucas chances de seguir adiante.

Do total de feridos no massacre de Orlando, 18 pessoas, entre elas quatro que estão em estado crítico, permanecem hospitalizadas no Centro Médico Regional da cidade, informaram hoje autoridades médicas.

A Orlando Health, que administra o Centro Médico Regional de Orlando, afirmou que, até o momento, foram realizadas 54 operações, e que outras três serão realizadas ao longo do dia de hoje.

A rede de hospitais detalhou que 14 das 53 pessoas feridas no tiroteio se encontram em condição estável e que 17 já receberam alta médica.

Do total de 44 pacientes que o centro recebeu após o massacre, nove morreram logo depois que chegaram ao hospital.

Os cirurgiões do centro médico explicaram em entrevista coletiva na última terça-feira que o vivido naquela noite no hospital parecia um "cenário de guerra", devido aos "grandes ferimentos" que apresentavam os pacientes, produzidos por uma arma de "grande calibre".

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