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Suprema Corte britânica autoriza Assange a fazer nova apelação

Fundador do WikiLeaks será ouvido novamente no início de fevereiro e terá sua última chance de impedir sua extradição para a Suécia

Assange é acusado de estupro e agressão sexual na Suécia (Leon Neal/AFP)

Assange é acusado de estupro e agressão sexual na Suécia (Leon Neal/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2011 às 13h40.

Londres - A Suprema Corte britânica considerou procedente nesta sexta-feira o pedido do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, de formular uma nova apelação para sua extradição à Suécia (onde é réu em um caso de estupro e agressão sexual presumida) e marcou uma audiência para o dia 1 de fevereiro.

A Corte, a mais alta instância judicial do país, indicou em um comunicado "ter estudado um pedido de Julian Assange de fazer uma apelação. Foi dado a ele o direito de apelar, e a audiência será de dois dias, a partir de 1 de fevereiro de 2012".

Este novo recurso constitui o último desenrolar de uma longa novela em conta-gotas, que já dura mais de um ano.

Preso em dezembro de 2010 em Londres após um mandato europeu de prisão, Assange, um australiano de 40 anos, foi libertado dias depois de sua detenção com a condição de que permanecesse em um domicílio fixo em uma zona semi-rural na Inglaterra, na casa de um amigo.

No dia 24 de fevereiro de 2011, a justiça britânica validou o pedido de extradição da Suécia, uma decisão confirmada na Alta Corte em novembro.

No entanto, em dezembro a Alta Corte de Londres admitiu que Assange ainda pode apresentar perante a Suprema Corte uma questão "de interesse geral" relativa ao procedimento de extradição. O fundador do WikiLeaks apresentou este recurso, aceito nesta sexta-feira.

Caso seu pedido fosse negado, deveria ser extraditado à Suécia em um prazo de 10 dias.

Desde o início do caso, Assange nega terminantemente as acusações de relações sexuais não consentidas e se declara vítima de um complô político fomentado pelos Estados Unidos.

Segundo Assange, o governo de Washington age desta forma em represália pela publicação no site WikiLeaks de milhares de documentos militares sobre o Iraque e o Afeganistão e telegramas diplomáticos americanos.

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