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Suprema Corte autoriza que soldados de Israel atirem para matar em Gaza

O Supremo rejeitou o recurso de ONGs israelenses e palestinas que pediam a condenação de militares por disparos mortais contra palestinos em Gaza

Exército de Israel: cerca de 119 palestinos morreram desde 30 de março por disparos de soldados israelenses (Uriel Sinai / Getty Images/Getty Images)

Exército de Israel: cerca de 119 palestinos morreram desde 30 de março por disparos de soldados israelenses (Uriel Sinai / Getty Images/Getty Images)

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AFP

Publicado em 25 de maio de 2018 às 10h54.

A Suprema Corte de Israel autorizou nesta quinta-feira que soldados israelenses atirem para matar contra palestinos que se manifestem violando a fronteira com a Faixa de Gaza.

Em uma decisão publicada pelo ministério da Justiça na noite desta quinta-feira, o Supremo rejeitou - por unanimidade - o recurso de ONGs israelenses e palestinas que pediam a condenação dos disparos mortais do Exército hebreu contra palestinos na fronteira com a Faixa de Gaza.

A presidente do Supremo, Esther Hayut, aceitou o argumento do governo israelense de que os manifestantes não são civis pacíficos e sim atores de um "conflito armado" entre Israel e o grupo islâmico Hamas, no poder na Faixa de Gaza.

Os habitantes do enclave palestino protestam desde 30 de março para exigir seu direito de voltar às terras das quais foram expulsos ou tiveram que fugir após a criação do Estado de Israel, em 1948.

Ao menos 119 palestinos morreram desde 30 de março por disparos de soldados israelenses, segundo as autoridades da Faixa de Gaza.

Israel, acusada de uso excessivo da força, afirma que dispara munição real apenas como último recurso e acusa a Hamas de utilizar civis na linha de frente em suas tentativas para entrar no território israelense.

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