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Suposto mentor do atentado contra "Charlie Hebdo" é detido no Djibouti

Peter Cherif era um dos terroristas mais procurados do mundo e é suspeito de ter planejado o ataque contra a revista francesa em 2015

França: o atentados contra a revista satírica "Charlie Hebdo" matou 12 pessoas em 2015 (Vincent Kessler/Reuters/Reuters)

França: o atentados contra a revista satírica "Charlie Hebdo" matou 12 pessoas em 2015 (Vincent Kessler/Reuters/Reuters)

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EFE

Publicado em 21 de dezembro de 2018 às 11h17.

Paris - A França anunciou a detenção no Djibouti de Peter Cherif, suspeito de ser um dos autores intelectuais dos atentados contra a revista satírica "Charlie Hebdo" em 2015 e próximo aos irmãos Kouachi, que mataram 12 pessoas antes de serem mortos pela polícia.

Conhecido também pelo pseudônimo de Abou Hamza, Cherif está sob detenção à espera de determinar a modalidade de sua extradição à França, revelaram nesta sexta-feira veículos de imprensa franceses.

Segundo a rádio "France Info", Cherif era um dos terroristas mais procurados do mundo, incluído na lista negra do Departamento de Estado desde setembro de 2015.

No entanto, seu nome não figura no documento da Promotoria francesa divulgado hoje após o final das investigações, no qual pede que 14 pessoas sejam julgadas por relação com os terroristas da Charlie "Hebdo" e os atentados cometidos por Amedy Coulibaly em um supermercado judeu da capital no dia seguinte.

Os investigadores não conseguiram, por enquanto, demonstrar o vínculo direto de Cherif com aquela ação, a primeira de uma longa série de atentados que deixaram 251 mortos na França.

Veterano do jihadismo, o suspeito, de 36 anos, conhecia os irmãos Kouachi desde o final da década de 90.

Os investigadores consideram que a partir de 2003 Cherif se radicalizou.

Meses mais tarde, viajou ao Iraque através da Síria. Foi um dos primeiros franceses a viajar para o terreno de atuação do Estado Islâmico (EI).

Preso pela coalizão que combatia o EI e condenado no Iraque a 15 anos de prisão, escapou em março de 2007 e foi detido de novo pelas forças francesas na Síria no ano seguinte.

Extraditado à França, a justiça não impôs medidas cautelares, por isso que fugiu antes que houvesse sentença ditada contra ele.

Os serviços secretos franceses acreditam que se dirigiu ao Iêmen e os investigadores consideram que os irmãos Kouachi mantiveram conversas telefônicas com ele.

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