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Suposto ataque do Boko Haram deixa 45 mortos na Nigéria

Atentado aconteceu depois que pelo menos 200 pessoas morreram na segunda-feira em série de atentados contra várias cidades do estado de Borno


	Casa queimada por supostos rebeldes do Boko Haram no nordeste da Nigéria, em maio
 (AFP)

Casa queimada por supostos rebeldes do Boko Haram no nordeste da Nigéria, em maio (AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2014 às 16h54.

Lagos - Pelo menos 45 pessoas morreram ontem na Nigéria em um novo ataque supostamente cometido pelo grupo radical islâmico Boko Haram nos arredores da cidade de Maiduguri, informaram nesta quinta-feira testemunhas citadas pela imprensa local.

O ataque aconteceu depois que pelo menos 200 pessoas morreram na segunda-feira passada em uma série de atentados contra várias cidades do estado de Borno, cuja capital é Maiduguri, atribuídos também aos radicais islâmicos.

O ataque de ontem aconteceu na cidade de Barderi, nos subúrbios de Maiduguri, onde um grupo de insurgentes que se fizeram passar por pregadores convocou os aldeões. Em seguida, outro grupo de radicais invadiu a cidade e disparou contra os moradores, além de incendiar várias casas e lojas.

Um morador de Barderi, Mallam Abubakar, que conseguiu escapar do ataque, assegurou ter contado pelo menos 45 cadáveres após a saída dos invasores.

Nem a polícia nem o exército se pronunciaram sobre o ataque, atribuído pelos aldeões ao Boko Haram, que, no entanto, não se responsabilizou, por enquanto, pelo ato terrorista.

Nas últimas duas semanas, centenas de pessoas morreram em diferentes ataques atribuídos à seita, que ainda mantém mais de 200 meninas sequestradas há mais de um mês em uma escola de Chibok, no estado de Borno, reduto espiritual dos fundamentalistas.

Boko Haram, cujo nome significa em línguas locais 'a educação não islâmica é pecado', luta para impor um Estado islâmico na Nigéria, país de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristão no sul.

Desde que a polícia matou em 2009 o então líder do Boko Haram, Mohammed Yousef, os radicais mantêm uma sangrenta campanha que se intensificou nos últimos meses.

Segundo o presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, o grupo terrorista assassinou 12 mil pessoas e feriu outras oito mil nos últimos cinco anos.

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