Eduardo Suplicy afirmou não saber ainda se Kassab poderá ser aliado ou opositor ao governo da presidente Dilma Rousseff. (ABr)
Da Redação
Publicado em 26 de março de 2011 às 11h51.
São Paulo - O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) não quis tomar uma posição sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de deixar para as eleições municipais de 2012 a aplicação da Lei da Ficha Limpa. "É preciso respeitar os argumentos daqueles que avaliaram que a lei só poderá valer no ano seguinte ao da promulgação", disse hoje, dia 26, o senador, antes de seminário estadual realizado pelo PT na capital paulista.
Suplicy acredita que, com a anulação dos efeitos da Lei da Ficha Limpa nas eleições de 2010, Marinor Brito, do PSOL do Pará, e Gilvam Borges, do PMDB do Amapá, devem perder suas cadeiras para a entrada de Jáder Barbalho (PMDB-PA) e João Capiberibe (PSB-AP).
O senador criticou sutilmente o prefeito Gilberto Kassab, que anunciou sua saída do DEM e a criação do Partido Social Democrático (PSD). "Eu sempre defendo a fidelidade partidária", afirmou. "O político deve permanecer no partido até o fim de seu mandato e aí então pode resolver fundar seu partido."
Suplicy afirmou não saber ainda se Kassab poderá ser aliado ou opositor ao governo da presidente Dilma Rousseff. "Ainda não dá para saber o que ele vai passar a defender", disse, lembrando que sempre teve "uma relação de respeito" com Kassab. "Sempre tenho dialogado com ele sobre assuntos de São Paulo", afirmou.