Da direita para a esquerda e de cima para baixo: Liz Truss, Rishi Sunak, Penny Mordaunt, Tom Tugendhat, Suella Braverman, Kemi Badenoch, os seis candidatos para suceder Boris Johnson à frente do Partido Conservador (AFP/AFP)
AFP
Publicado em 14 de julho de 2022 às 14h45.
Última atualização em 14 de julho de 2022 às 14h50.
O ex-ministro das Finanças Rishi Sunak voltou à frente da corrida para suceder o primeiro-ministro britânico Boris Johnson, após uma segunda rodada de votação para diminuir o número de candidatos para liderar o Partido Conservador do país.
Sunak, de 42 anos, recebeu 101 votos, novamente à frente da secretária de Estado do Comércio, Penny Mordaunt, que recebeu 83 votos. A chefe da diplomacia, Liz Truss, recebeu 64 votos.
A procuradora-geral do Estado, Suella Braverman, foi eliminada com 27 votos, enquanto o ex-ministro da Igualdade britânico Kemi Badenoch e o deputado Tom Tugendhat permanecem na disputa, com 49 e 32 votos, respectivamente.
Há outras votações agendadas para a próxima semana. O objetivo é que restem dois finalistas antes do recesso parlamentar em 21 de julho.
O resultado será anunciado em 5 de setembro, após uma votação por correio dos adeptos do Partido Conservador.
O primeiro-ministro britânico Boris Johnson renunciou em 7 de julho, encurralado por uma série de escândalos e depois que vários ministros de seu governo deixaram seus cargos, incluindo Rishi Sunak.
As pesquisas sugerem que Mordaunt pode vencer Sunak, Truss e os outros dois candidatos restantes na disputa, quando após o processo de eliminação, os militantes votam entre dois candidatos.
Mas essa reservista do Exército, que ocupa um cargo de secretária de Comércio de menor escalão que outros candidatos, é alvo de críticas de seus rivais.
O jornal Daily Mail a criticou por suas contradições em torno da questão trans, dizendo que, como ministra da Igualdade, ela apoiou as pessoas trans e, em seguida, assumiu uma postura mais conservadora sobre o assunto ao lançar sua campanha nesta semana, de acordo com uma fonte próxima a Truss citada pelo jornal.
Outros adversários políticos a batizaram como "Part-time Penny", alegando que ela não levava seus deveres a sério. Um dos ataques mais duros veio do ex-ministro do Brexit David Frost, que serviu como seu superior nas negociações.
"Senti que ela não dominava as questões nas negociações" com Bruxelas sobre a Irlanda do Norte, disse ele.
O ex-ministro da Economia também não está isento de polêmica, depois de revelado o o status fiscal especial de sua esposa, o que permitia que evitasse declarar renda no exterior ao Tesouro britânico.
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