Mundo

Sultanato de Brunei introduz lei islâmica

Legislação prevê amputação de membros como punição a ladrões, flagelação em caso de consumo de álcool ou aborto e apedrejamento como castigo para os adúlteros


	O sultão de Brunei, Hasanal Bolkiah: um dos homens mais ricos do mundo, Bolkiah anunciou em discurso oficial a promulgação de um novo código penal islâmico
 (Dean Kassim/AFP)

O sultão de Brunei, Hasanal Bolkiah: um dos homens mais ricos do mundo, Bolkiah anunciou em discurso oficial a promulgação de um novo código penal islâmico (Dean Kassim/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2013 às 12h24.

Brunei - O pequeno sultanato de Brunei, situado na ilha de Bornéu, aprovou nesta terça-feira a instauração da sharia, ou lei islâmica, que prevê, entre outras coisas, o apedrejamento em caso de adultério.

O sultão Hasanal Bolkiah, um dos homens mais ricos do mundo, anunciou em um discurso oficial a promulgação de um novo código penal islâmico que entrará progressivamente em vigor nos próximos seis meses e só será aplicado aos muçulmanos.

A nova legislação prevê a amputação de membros como punição para os ladrões, a flagelação em caso de consumo de álcool ou aborto e o apedrejamento como castigo para os adúlteros.

"Com a entrada em vigor desta legislação, cumprimos nosso dever com Alá", declarou o sultão.

O sultanato de Brunei, um Estado minúsculo situado na costa norte da ilha de Bornéu, é um dos países mais ricos do mundo graças aos seus imensos recursos em hidrocarbonetos.

Dois terços de seus 400.000 habitantes são muçulmanos, 13% da população é budista e 10% é cristã.

O islã é a religião oficial do país, considerado mais conservador que seus vizinhos, como Malásia e Indonésia.

O consumo de álcool está proibido e a prática de outras religiões é regida por uma regulamentação rígida.

Brunei já conta com dois sistemas judiciais: um civil e outro islâmico. Este último se ocupa dos litígios menos graves, como os matrimoniais.

O sultão Hasanal Bolkiah tentava instaurar a sharia desde 1996.

Acompanhe tudo sobre:IslamismoMuçulmanos

Mais de Mundo

Presidente do México diz que “não haverá guerra tarifária” com EUA por causa de Trump

Austrália proíbe acesso de menores de 16 anos às redes sociais

Putin ameaça usar míssil balístico de capacidade nuclear para bombardear Ucrânia

Governo espanhol avisa que aplicará mandado de prisão se Netanyahu visitar o país