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Suíça confirma identidade de casal encontrado em geleira

O casal estava desaparecido há 75 anos, quando saíram para tirar leite de suas vacas em um campo no vilarejo de Chandolin, e nunca mais voltaram

Suíça: os corpos, perfeitamente preservados, jaziam um ao lado do outro, com mochilas, uma garrafa, um livro e um relógio (iStock/Thinkstock)

Suíça: os corpos, perfeitamente preservados, jaziam um ao lado do outro, com mochilas, uma garrafa, um livro e um relógio (iStock/Thinkstock)

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AFP

Publicado em 19 de julho de 2017 às 15h31.

Última atualização em 19 de julho de 2017 às 15h41.

A polícia suíça confirmou nesta quarta-feira (19) a identidade do casal encontrado mumificado no maciço de Les Diablerets, sul da Suíça, dizendo se tratar de Marcelin Dumoulin e sua mulher, desaparecidos há 75 anos.

"Com base na comparação de DNA realizada pelo legista em colaboração com a polícia do cantão de Valais e o Ministério Público, os corpos encontrados na geleira foram identificados", informa um comunicado.

"Trata-se de Marcelin Dumoulin e sua esposa Francine Dumoulin, de 40 e 37 anos de idade, desaparecidos tragicamente em 15 de agosto de 1942", segundo o comunicado.

Os corpos, perfeitamente preservados, jaziam um ao lado do outro, com mochilas, uma garrafa, um livro e um relógio.

Eles foram descobertos por um funcionário da estação de esqui Glacier 3000 na quinta-feira passada durante uma visita de rotina à geleira de Diablerets, 2.615 metros de altitude.

"A polícia me ligou esta manhã, às 07H00, para me dar a notícia", disse à AFP Monique Gautschy, de 86 anos, uma das duas filhas ainda viva do casal, que teve sete filhos.

"O funeral será no sábado, mas primeiro quero dar-lhes um beijo", acrescentou Gautschy, que na época do desaparecimento de seus pais tinha 11 anos.

Marcelin Dumoulin, sapateiro, e sua esposa Francine, uma professora, haviam saído em 15 de agosto de 1942 da aldeia de Chandolin para alimentar o seu gado nas montanhas, segundo Gautschy.

"Eu os vi sair naquela manhã de sábado. Era um dia radiante. Eles deveriam assar a noite no prado alpino de Grilden e voltar no domingo", recorda.

"De repente, uma grande nuvem negra cobriu a geleira no período da tarde. Meu tio conseguiu ver os meus pais uma última vez com binóculos", acrescentou.

"Nós passamos nossas vidas à procura deles. Já não acreditávamos que poderíamos oferecer um dia o funeral que mereciam", confidenciou Marceline, que tinha quatro anos quando seus pais desapareceram.

Após dois meses e meio de buscas infrutíferas, os sete filhos, cinco meninos e duas meninas, foram colocados em famílias de acolhimento, exceto a menor, Marceline, que foi adotada por uma tia.

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