Casamento homoafetivo: o novo texto prevê que casais do mesmo sexo podem adotar crianças (AFP/AFP)
Da redação, com agências
Publicado em 27 de setembro de 2021 às 10h37.
Última atualização em 27 de setembro de 2021 às 19h24.
A Suíça aprovou no domingo, 26, em referendo o casamento entre pessoas do mesmo sexo. A decisão ganhou com 64% dos votos. Pouco mais de metade da população (52%) foi às urnas.
Com o resultado, a Suíça passa a ser o 30º país no mundo e o 17º na Europa a permitir o casamento homoafetivo. Até a votação de ontem, casais do mesmo sexo só podiam ter uma "parceria registrada" - que não garantia os mesmos direitos que o casamento.
O novo texto prevê que casais do mesmo sexo podem adotar crianças. Além disso, os casais de mulheres poderão recorrer à doação de esperma para engravidar. Este era um dos pontos mais polêmicos. A emenda à lei também facilita a obtenção de cidadania para companheiros do mesmo sexo.
Os primeiros casamentos entre casais do mesmo sexo poderão ser celebrados a partir de 1º de julho de 2022, indicou Karin Keller-Sutter, conselheira federal responsável pela Justiça.
O resultado superou as previsões das pesquisas anteriores, a que se opôs em particular o partido populista UDC e alguns grupos religiosos.
"O resultado de hoje é um reflexo da mudança de mentalidade que ocorreu nos últimos 20 anos, é realmente um reflexo de uma aceitação muito ampla e importante das pessoas LGTB na sociedade", disse Olga Baranova, porta-voz do comitê do sim.
Para Deborah Heanni, integrante do coletivo "Libero", que apoiou a campanha pelo sim, "é um dia de grande festa, de vitória após oito anos de campanha".