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Suécia reabre investigação contra fundador do Wikileaks

Promotoria resolveu retomar o inquérito contra Julian Assange, acusado de estupro, e que nega as denúncias

Julian Assange, o fundador do Wikileaks: denúncia de agressão sexual e estupro partiu de duas mulheres, em 20 de agosto

Julian Assange, o fundador do Wikileaks: denúncia de agressão sexual e estupro partiu de duas mulheres, em 20 de agosto

DR

Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2010 às 11h23.

Estocolmo - A justiça sueca anunciou nesta quarta-feira que reabrirá a investigação de uma acusação de estupro contra Julian Assange, o fundador do Wikileaks, site especializado no vazamento de documentos confidenciais.

"Há razões para acreditar que foi cometido um crime. Segundo as informações disponíveis atualmente, meu critério é que a qualificação deste crime é 'estupro'", afirmou a diretora da promotoria, Marianne Ny, em um comunicado.

"É necessário prosseguir com a investigação antes de tomar uma decisão final", completa a nota.

A decisão contradiz outra adotada anteriormente pela promotoria sueca que absolvia Assange das acusações de estupro, o que inicialmente provocou a abertura de um processo judicial.

Além disso, a investigação por agressão sexual da qual Assange é objeto em outro caso "será ampliada para levar em consideração todas as acusações incluídas no relatório original da polícia", informa o comunicado da promotoria.

O fundador do WikiLeaks sempre negou as acusações, e denunciou uma campanha de calúnia possivelmente orquestrada pelo Pentágono, com o objetivo de desacreditar o site, que divulgou 77.000 documentos confidenciais sobre a guerra do Afeganistão.

Assange confirmou em 14 de agosto em Estocolmo que pretende divulgar outros 15.000 documentos.

Duas mulheres compareceram à polícia sueca em 20 de agosto e, sem iniciar uma ação penal, acusaram Assange de estupro e agressão sexual.

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