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Suécia indica adesão à Otan um dia após anúncio da Finlândia

A ministra das Relações Exteriores da Suécia, Ann Linde, afirmou que a entrada na Otan ajudaria a estabilizar o país, além de beneficiar outras nações ao redor do Mar Báltico

Otan: Caso a decisão se confirme após as tratativas no Parlamento, a Suécia romperá com quase 200 anos de neutralidade e não alinhamento militar (foto/Getty Images)

Otan: Caso a decisão se confirme após as tratativas no Parlamento, a Suécia romperá com quase 200 anos de neutralidade e não alinhamento militar (foto/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de maio de 2022 às 11h26.

A Suécia sinalizou nesta sexta-feira, 13, que deve seguir o exemplo da Finlândia e solicitar a adesão à Otan. Autoridades do governo sueco se mostraram favoráveis à entrada na aliança, após a apresentação de um relatório estratégico ao Parlamento que indica o ingresso no bloco.

A ministra das Relações Exteriores da Suécia, Ann Linde, afirmou que a entrada na Otan ajudaria a estabilizar o país, além de beneficiar outras nações ao redor do Mar Báltico. "A adesão da Suécia à Otan aumentaria o limite para conflitos militares e, portanto, teria um efeito de prevenção de conflitos no norte da Europa", disse Linde a repórteres ao apresentar um relatório sobre segurança ao Parlamento.

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De acordo com o relatório elaborado pelo governo e por partidos no Parlamento, apresentado antes da decisão final sobre o ingresso, a adesão da Suécia à Otan elevaria "o limiar (de deflagração) dos conflitos militares" e teria um efeito dissuasivo.

Caso a decisão se confirme após as tratativas no Parlamento, a Suécia romperá com quase 200 anos de neutralidade e não alinhamento militar, tomando o lado da Otan na disputa geopolítica europeia. "O não alinhamento militar nos serviu bem, mas estamos em uma nova situação agora", acrescentou Linde.

O relatório, intitulado "Deterioração do ambiente de segurança - implicações para a Suécia", concluiu que "se a Suécia e a Finlândia fossem membros da Otan, todos os países nórdicos e bálticos seriam cobertos por garantias de defesa coletiva".

"A incerteza atual sobre que forma a ação coletiva tomaria se ocorresse uma crise de segurança ou um ataque armado diminuiria" acrescentou. Os comentários da ministra e a apresentação do relatório vêm um dia depois que os líderes da Finlândia se comprometeram a solicitar o ingresso na aliança de 30 nações.

 

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