Mundo

Suécia faz acordo de defesa com EUA que possibilitará envio de armas nucleares

País europeu faz parte da Otan desde março deste ano

 (AFP/AFP)

(AFP/AFP)

AFP
AFP

Agência de notícias

Publicado em 19 de junho de 2024 às 08h13.

O Parlamento sueco ratificou, nesta terça-feira, 18, por ampla maioria um acordo de defesa com os Estados Unidos, que segundo seus detratores facilitará o envio de armas nucleares e a instalação de bases americanas permanentes na Suécia.

O Acordo de Cooperação de Defesa (DCA), assinado por Estocolmo e Washington em dezembro, foi aprovado por 266 dos 349 deputados. Trinta e sete votaram contra e 46 estavam ausentes.

O acordo é uma demonstração das mudanças na política de defesa de Estocolmo, em decorrência da invasão russa da Ucrânia iniciada em fevereiro de 2022, que levou países tradicionalmente neutros como Finlândia e a própria Suécia a solicitar adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

A Finlândia aderiu em abril de 2023 e a Suécia, em março deste ano.

O pacto autoriza as forças americanas a acessar 17 bases de defesa suecas e a armazenar equipamentos militares, armas e munições no país.

No entanto, seus detratores apontaram que o acordo deveria ter estipulado a proibição de armas nucleares na Suécia.

Nesse sentido, o governo do primeiro-ministro Ulf Kristersson, de centro-direita, apoiado pelo partido de extrema direita Democratas da Suécia (SD), assegurou que o acordo respeita a soberania sueca.

"Está claro que a Suécia é uma nação soberana e que nenhum país poderá forçar a Suécia a ter armas nucleares em seu território", afirmou o ministro da Defesa, Pal Jonson, durante o debate parlamentar.

 

Acompanhe tudo sobre:SuéciaEstados Unidos (EUA)Otan

Mais de Mundo

Após polêmica com Dinamarca, vice de Trump anuncia viagem para Groenlândia

Trump ordena que governo dos EUA pare de usar cheques de papel

Presidente da Colômbia autoriza bombardeio em Clã do Golfo para operação contra o tráfico de drogas

Palestino que ganhou Oscar é libertado por Israel; jornalista alega espancamento