Agência de Notícias
Publicado em 7 de fevereiro de 2025 às 10h36.
Última atualização em 7 de fevereiro de 2025 às 10h39.
O governo sueco anunciou nesta sexta-feira, 7, que endurecerá as leis sobre armas após o tiroteio da terça-feira passada em uma instituição de ensino para adultos em Örebro, 200 quilômetros a oeste de Estocolmo, no qual 11 pessoas foram mortas - incluindo o suposto autor do crime - e seis permanecem internadas.
As autoridades suecas pretendem limitar o acesso a certas armas semiautomáticas e esclarecer as regras para a obtenção de uma licença de porte de arma, de acordo com um acordo entre o governo minoritário de direita e os Democratas da Suécia, de extrema direita, seu aliado externo, que lhe garante a maioria no parlamento.
"Há certos tipos de armas que são tão perigosas que só em casos excepcionais devem ser possuídas para fins civis", declarou o Ministério da Justiça sueco em comunicado, mencionando especificamente os fuzis semiautomáticos AR-15.
A polícia sueca confirmou que o suspeito tinha licença para portar armas e estava com três quando seu corpo foi encontrado uma hora depois de chegar à escola Risbergska, embora não tenha especificado de que tipo eram.
O governo quer que a polícia e as autoridades sociais reforcem a tarefa de notificar quais pessoas não têm permissão para possuir armas por motivos médicos.
A base para a reforma legislativa é um relatório entregue no ano passado por uma comissão para estudar como adaptar a legislação sobre o licenciamento de armas.
A polícia não confirmou a identidade do suspeito, mas a maioria dos veículos de comunicação suecos apontam para Rickard Andersson, um homem sueco de 35 anos que é antissocial, tem problemas mentais, não concluiu o ensino médio e não declarou renda nos últimos anos.
De acordo com o jornal "Aftonbladet", que cita como fonte documentos municipais, Andersson estava matriculado no Campus Risbergska em vários cursos de matemática, os quais nunca concluiu.
O motivo ainda não foi determinado, mas as autoridades acreditam que o suspeito agiu sozinho. Ele não era conhecido da polícia, não tinha vínculos com gangues criminosas nem grupos terroristas.
A polícia recebeu um alarme às 12h33 de terça-feira e, cinco minutos depois, chegou ao centro educacional, onde encontrou um cenário complicado em um complexo de cerca de 17.000 metros quadrados.
Após um encontro inicial com o suspeito, ele disparou contra os agentes - até 130 participaram da operação -, que não revidaram os tiros e o encontraram morto mais tarde, após cometer suicídio, de acordo com a versão da polícia, que ainda não concluiu a identificação de todas as vítimas, mas apenas confirmou que há várias nacionalidades.
As embaixadas de Síria e Bósnia informaram que entre as vítimas estão cidadãos desses países.