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Suécia deveria prometer não extraditar Assange, diz Equador

Assange fugiu para a embaixada equatoriana temendo que o governo sueco pudesse acabar o enviando aos EUA, onde poderia ser preso

Assange: uma autoridade da Suécia disse que não seria possível oferecer a Assange ou ao Equador uma garantia (Getty Images)

Assange: uma autoridade da Suécia disse que não seria possível oferecer a Assange ou ao Equador uma garantia (Getty Images)

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Reuters

Publicado em 17 de novembro de 2016 às 17h34.

Quito - O Ministério das Relações Exteriores do Equador disse que o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, deveria receber garantias de que não será extraditado se encarar a Justiça da Suécia depois de quatro anos morando na embaixada do país sul-americano em Londres.

Assange, que enfureceu o governo dos Estados Unidos ao publicar uma série de correspondências diplomáticas norte-americanas, fugiu para a embaixada equatoriana temendo que o governo sueco pudesse acabar o enviando aos EUA, onde poderia ser preso por vazar segredos norte-americanos.

"Se pudermos obter garantias de que o senhor Assange não enfrentará extradição a um terceiro país, acho que tudo bem ele enfrentar a Justiça sueca -- se houver acusações, porque ainda não há acusações", disse o chanceler equatoriano, Guillaume Long, em uma entrevista concedida na quarta-feira a uma estação de rádio de seu país.

Mas uma autoridade governamental da Suécia disse nesta quinta-feira que não seria possível oferecer a Assange ou ao Equador uma garantia, já que os EUA não pediram à Suécia que o extradite.

"Na verdade violaria a Constituição se o governo desse uma garantia adiantada", disse Cecilia Riddselius, da Divisão de Casos Criminais e de Cooperação Judicial Internacional do Ministério da Justiça sueco.

A procuradora-geral sueca, Ingrid Isgren, interrogou o ativista por meio de um procurador equatoriano na embaixada no começo desta semana, mas não fez nenhum comentário sobre o caso.

Assange, que negando repetidamente a acusação de estupro feita contra ele na Suécia, buscou refúgio na representação do Equador em agosto de 2010. Ele é acusado também no Reino Unido por violar uma condicional.

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