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Sudão libera 24 mulheres acusadas de usar roupas "escandalosas"

Elas ficarem quatro dias presas por usarem saias qualificadas como "curtas" e calças muito apertadas em festa

Mulheres esperam para pegar água no vilarejo de Tabit, ao norte de Darfur, Sudão (Mohamed Nureldin Abdallah/Reuters/Reuters)

Mulheres esperam para pegar água no vilarejo de Tabit, ao norte de Darfur, Sudão (Mohamed Nureldin Abdallah/Reuters/Reuters)

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EFE

Publicado em 10 de dezembro de 2017 às 14h52.

Cartum - Um tribunal do Sudão declarou neste domingo a inocência de 24 mulheres, entre elas duas sul-sudanesas, detidas na quinta-feira passada estarem usando "peças (de roupa) escandalosas" numa festa realizada num salão particular no leste de Cartum.

De acordo com o policial Mohammed al Samani, o juiz não viu o ato como um crime e liberou as mulheres. Elas ficarem quatro dias presas por usarem saias qualificadas como "curtas" e calças muito apertadas.

O tribunal determinou uma multa de 10 mil libras sudanesas (cerca de R$ 1.300) à organizadora da festa por fornecer "informações falsas" às autoridades para conseguir permissão para a realização do evento e outra de 5 mil libras sudanesas (R$ 650) ao dono da banda que tocou no dia. A festa foi promovido nas redes sociais por uma sul-sudanesa dedicada à indústria da moda.

O caso fez com que ativistas pedissem ao governo sudanês a anulação da lei que criminaliza o uso de roupas curtas. EFE

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