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Sudão do Sul impõe toque de recolher após tentativa de golpe

Presidente Salva Kiir declarou toque de recolher depois de confrontos entre soldados de facções rivais

Salva Kiir, presidente do Sudão do Sul, durante conferência de imprensa no Palácio Presidencial, na capital Juba (Hakim George/Reuters)

Salva Kiir, presidente do Sudão do Sul, durante conferência de imprensa no Palácio Presidencial, na capital Juba (Hakim George/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2013 às 16h58.

Juba - O presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, declarou toque de recolher na capital, Juba, nesta segunda-feira, depois de confrontos ocorridos durante a noite entre soldados de facções rivais que, segundo ele, foram desencadeados por uma "tentativa de golpe".

Kiir culpou os soldados leais a Riek Machar - que ele destituiu do cargo de vice-presidente em julho - pelo começo da luta na capital, a qual se estendeu pela manhã e depois se acalmou.

Os dois homens são de grupos étnicos diferentes, os quais já haviam entrado em confronto no passado. Machar disse que pretende concorrer à Presidência.

Tendo ao lado ministros e usando trajes de combate em vez das usuais roupas civis, Kiir declarou toque de recolher entre 18 horas e 6 da manhã, todas as noites, a começar desta segunda-feira.

Segundo Kiir, os confrontos irromperam depois que uma pessoa não identificada disparou tiros para o ar perto de uma conferência do partido governista.

"Isso foi seguido por um ataque à sede do Exército do Sudão do Sul perto da Universidade de Juba por um grupo de soldados aliados ao ex-vice-presidente doutor Riek Machar e seu grupo. Esses ataques continuaram até esta manhã", disse ele.

"Contudo, eu gostaria de informar a vocês, pra começar, que o governo está em pleno controle da situação da segurança em Juba." Tiroteios e explosões eram ouvidos durante a noite pela cidade e se intensificaram pela manhã. Em grande parte os confrontos diminuíram por volta do meio dia. Testemunhas disseram que houve trocas esporádicas de tiros em algumas áreas e há forte presença militar na cidade.

Pelo menos 10.000 civis buscaram refúgio nas instalações da Organização das Nações Unidas (ONU) na capital, disse um funcionário que não quis se identificar.

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