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Sudão acusa líder da oposição de preparar golpe de Estado

Hassan al Turabi é um dos principais opositores islamitas no Sudão e foi detido em várias ocasiões por seu ativismo político

Soldado no Sudão: para o governo sudanês, o opositor planejava um golpe de Estado militar por medo que um levantamento popular se prolongasse por muito tempo (Spencer Platt/Getty Images)

Soldado no Sudão: para o governo sudanês, o opositor planejava um golpe de Estado militar por medo que um levantamento popular se prolongasse por muito tempo (Spencer Platt/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de janeiro de 2012 às 07h32.

Cartum - O chefe dos serviços de segurança e de inteligência do Sudão, Mohammed Atta Al Mawla, acusou o líder do partido opositor islamita Congresso Popular (CP), Hassan al Turabi, de preparar um golpe de Estado contra o presidente Omar Hassan Ahmad al-Bashir, informam nesta quarta-feira a imprensa local.

Em reunião na terça-feira à noite com as forças políticas em Cartum, Atta disse que Turabi cogitava duas opções para derrubar o regime de Bashir, um golpe de Estado militar ou um levantamento popular.

O responsável sudanês acrescentou que o líder opositor planejava um golpe de Estado militar por medo que um levantamento popular se prolongasse por muito tempo, conforme documentos apreendidos com um de seus ajudantes do partido detido recentemente no Sudão.

'Houve debates sobre como derrubar o Governo, por isso pensaram em soluções rápidas como um golpe militar', acrescentou.

Turabi é um dos principais opositores islamitas no Sudão e foi detido em várias ocasiões por seu ativismo político, a última em 18 de janeiro, antes de ser libertado em maio.

Ele também foi o inspirador do golpe de Estado cruel que levou ao poder o general Bashir em 1989, quando se transformou no homem forte do regime e presidiu o Parlamento.

Em 1999, Bashir dissolveu o Parlamento e cessou Turabi, quem fundou então seu próprio partido político.

Atta explicou que o CP e o Partido Comunista (PC) mantêm uma 'coalizão ambígua' dentro da oposição, com suposto 'acordo secreto' entre ambas as formações apesar de suas diferenças ideológicas.

No entanto, precisou que as possibilidades da explosão de uma revolução popular em seu país desceram depois que Bashir formasse um Governo de coalizão no qual participaram 15 legendas, entre elas o opositor Partido Democrático Unionista. 

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