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Novo líder do Talibã pode ser ainda mais perigoso

Os Estados Unidos mataram o líder Akhtar Mansour e já há pistas de quem será o próximo sucessor


	Ataque dos Estados Unidos ao líder Akhtar Mansour deve acabar com as perspectivas imediatas de negociações de paz
 (©AFP/File / Aref Karimi)

Ataque dos Estados Unidos ao líder Akhtar Mansour deve acabar com as perspectivas imediatas de negociações de paz (©AFP/File / Aref Karimi)

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Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2016 às 10h59.

Peshwar - O comandante guerrilheiro afegão Sirajuddin Haqqani, um possível sucessor para o líder do Talibã, o mulá Akhtar Mansour, poderá ser um inimigo ainda mais implacável das forças do governo afegão sitiadas e seus aliados norte-americanos.

Os Estados Unidos mataram Mansour em um ataque aéreo em uma área remota do Paquistão, próxima à fronteira, informou hoje o governo do Afeganistão, em um ataque que deve acabar com as perspectivas imediatas de negociações de paz. Os EUA não confirmaram a morte de Mansour.

Uma recompensa de 5 milhões de dólares é oferecida pela prisão de Haqqani, considerado pelas autoridades dos EUA e do Afeganistão como o comandante mais perigoso da insurgência talibã, responsável pelos ataques mais sangrentos, incluindo um no mês passado em Cabul, em que 64 pessoas foram mortas.

Se confirmado, o próximo líder do Talibã será descendente de uma família que tem sido notoriamente envolvida em décadas de derramamento de sangue do Afeganistão.

Seu pai, Jalaluddin Haqqani, foi um líder dos mujahideen, que lutaram contra as tropas soviéticas que invadiram o Afeganistão em 1979. O ex-congressista Charlie Wilson chamou Jalaluddin de "a bondade personificada" e visitou a Casa Branca, quando Ronald Reagan era presidente.

Seu filho é visto como um guerrilheiro ainda mais cruel.

Sirajuddin Haqqani se tornou um dos dois subcomandantes do Talibã no ano passado, integrando a temida facção militante conhecida como a rede Haqqani.

O Talibã agora controla mais territórios do que à época da derrubada do governo em 2001, e as esperanças de negociações de paz impulsionadas pelos Estados Unidos entraram em colapso, enquanto o derramamento de sangue aumentou.

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