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"Substâncias explosivas" são encontradas em casa nos Alpes

Uma família britânica foi encontrada morta na casa


	Polícia francesa conversa com investigadores no camping próximo de onde ocorreu a chacina: duas meninas sobreviveram ao incidente
 (Philippe Desmazes/AFP)

Polícia francesa conversa com investigadores no camping próximo de onde ocorreu a chacina: duas meninas sobreviveram ao incidente (Philippe Desmazes/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2012 às 12h20.

Claygate - Substâncias potencialmente explosivas foram encontradas na casa britânica das vítimas do massacre dos Alpes franceses, informou à AFP uma fonte ligada à investigação.

A fonte não revelou o nome da substância, mas um fotógrafo da AFP observou a chegada de uma unidade do esquadrão antibombas durante a manhã na residência da família Al Hilli, situada na localidade de Claygate, ao sul de Londres.

A área ao redor da casa foi isolada.

A polícia britânica manifestou "inquietação" com objetos encontrados durante uma revista na residência do britânico de origem iraquiana Saad al-Hilli e de sua esposa, encontrados mortos na quarta-feira passada na cidade francesa de Chevaline, na região de Annecy.

Assim, as autoridades optaram por ampliar o cordão de isolamento ao redor da propriedade e ordenou a saída imediata dos vizinhos, informou a polícia de Surrey.

Duas fontes francesas que acompanham o caso citaram evoluções 'interessantes' em Londres, em particular pelos elementos recolhidos na casa da família Al Hilli.

O automóvel de Saad al-Hilli, um engenheiro de 50 anos, foi encontrado na quarta-feira passada em uma estrada florestal próxima de Chevaline, na área do lago de Annecy, nos Alpes franceses, onde passava férias com a família.

Dentro do veículo foram encontrados os corpos do engenheiro e de sua esposa, Iqbal, também natural de Bagdá, e da mãe desta, também iraquiana, mas de nacionalidade sueca. Ao lado, estava um ciclista francês, vítima colateral do que parece ter sido a execução de toda a família.

As duas filhas do casal, de quatro e sete anos, sobreviveram ao massacre. A mais velha saiu do coma induzido, mas continua sendo tratada com sedativos.


Os investigadores pretendem ouvir o depoimento de Zainab al-Hilli, que saiu do coma no domingo, depois de passar por duas operações.

A autorização médica só deve sair dentro de vários dias e a audiência acontecerá no hospital de Grenoble.

Zainab, que foi violentamente agredida na cabeça e recebeu um tiro no ombro, é considerada uma testemunha essencial, já que viu os assassinos dos pais.

A irmã mais nova, Zeena, que escapou ilesa por ficar escondida sob as pernas da mãe e não viu nada, retornou do domingo a Grã-Bretanha acompanhada por dois parentes.

De acordo com fontes francesas, apenas uma arma foi utilizada no crime.

Vinte e cinco cápsulas foram encontradas no local do crime, o que em um primeiro primeiro momento levou os investigadores a supor que várias armas haviam sido utilizadas.

A arma utilizada foi uma pistola de calibre 7,65, considerado antigo pelos especialistas.

A perícia, no entanto, deve ser aprofundada e confirmada, segundo as fontes.

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